Na tarde desta segunda-feira (27), a Santa Casa de Campo Grande realizou uma coletiva de imprensa para comunicar que atingiu 100% de lotação na UTI adulta para pacientes que não estão com Covid-19. O hospital teme um colapso na saúde e alerta a sociedade, bem como as autoridades locais.
A Santa Casa é referência em todo o estado no atendimento de alto complexidade, como casos graves de neurologia e ortopedia. Por isso, as vítimas de acidentes graves são frequentemente encaminhadas ao hospital.
De acordo com o Samu, uma viatura ficou por 24 horas parada no pronto-socorro na quinta-feira (23), por não haver leito para atender a vítima.
Além disso, devido a demanda e superlotação o hospital informou que retomou o uso de ‘ambu’, um equipamento de ventilação mecânica, que exige a presença de um profissional para manipular manualmente a respiração artificial.
O superintendente da Gestão Médico-hospitalar, Luiz Alberto Kanamura, explica que o colapso enfrentado pela Santa Casa é um sinal de que “o isolamento social não está sendo respeitado”, afirmou. Já que a maioria dos leitos é ocupado por vitimas de acidentes e brigas devido ao uso de álcool.
Atualmente, dos 229 pacientes que ocupam os leitos, 88 são vítimas de violência, agressões e acidentes de trânsito, por exemplo. O médico Kanamura, alerta que o hospital hoje “não tem onde colocar um paciente queimado”, relata. Além disso, ele explica que “pacientes politraumatizadas ocupam um leito de 15 a 20 dias”, finalizou.
