Parlamentar foi abandonada pelo próprio partido, o MDB na reta final da campanha, mas manteve candidatura independente
Comparada à eleição na Câmara, com briga voto a voto entre os candidatos principais, a escolha do próximo presidente do Senado pode até ser considerada monótona.
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) já era favorito quando a senadora Simone Tebet (MDB-MS) anunciou que concorreria, em 12 de janeiro, e de lá para cá suas chances só aumentaram.
A emedebista, além de conseguir menos adesões de partidos à sua candidatura que Pacheco, foi traída pela própria legenda na reta final da campanha, que decidiu apoiar o concorrente.
Mesmo assim, Simone manteve a candidatura, agora de forma independente.
O MDB teria justificado a mudança de rumo alegando que o partido estava negociando cargos na Mesa Diretora em uma possível composição com o candidato apoiado pelo Planalto.
Rodrigo Pacheco conseguiu rachar o MDB, partido que ganhou quinze das dezoito eleições no Senado desde 1985, e tem apoios que só uma imersão profunda na política brasileira pode ajudar a entender como estão do mesmo lado nessa disputa. Ao lado de Bolsonaro em sua lista aparece o PT.
O PT argumentou que ficou sem jeito de apoiar o MDB tanto na Câmara, por meio da candidatura de Baleia Rossi (SP), como no Senado, afinal, explicou, a legenda foi determinante no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.
Simone Tebet, que pode ocupar o cargo 20 anos depois que seu pai, o ex-senador Ramez Tebet, assumiu a cadeira, em 2001, teme, como Baleia Rossi, da Câmara, que a eleição desta segunda-feira sirva para tirar a independência do Legislativo frente à Presidência da República.
Concilliadora e à frente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Simone Tebet, assim como Pacheco, defende as reformas econômicas com urgência.
Ela votou a favor da PEC do Teto, das reformas Trabalhista, da Previdência e defendeu a autonomia do Banco Central.
O democrata diz que em sua gestão defenderá a economia e a saúde. Em entrevista dia 21 de janeiro, defendeu a continuidade do auxílio emergencial, mas de uma maneira que não faça o governo estourar o teto de gastos.
Além dos dois principais concorrentes, buscam a presidência do Senado Jorge Kajuru, do Cidadania de Goiás, e Major Olímpio, do PSL de São Paulo.
Fonte: R7