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quinta-feira, 28 de novembro, 2024
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“Sou a favor dos estados comprarem vacina, mas sem que nenhum seja prejudicado”, diz Geraldo Resende

Secretário de Saúde afirma que Estado está apreensivo com avanço da doença

O secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende, disse em entrevista ao Enfoque MS ser favorável a possibilidade dos estados comprarem diretamente com os fornecedores as vacinas contra o novo coronavírus (Covid-19). A Câmara dos Deputados debate em Plenário o Projeto de Lei 534/21, do Senado Federal, que autoriza os estados, os municípios e o setor privado a comprar vacinas contra a Covid-19 com registro ou autorização temporária de uso no Brasil.

Responsável por Mato Grosso do Sul, Resende destacou que é necessário cautela para que nenhuma outra unidade da federação fique sem doses, mas que é necessária a liberação para que cada um consiga comprar suas doses. “Eu sou a favor que a gente respeite o plano nacional, se houver possibilidade de compra pelos estados que possamos fazer para que nenhum estado destoe de outro. Fica ruim que um estado mais rico, ou que tenha mais peso, compre e a gente (Brasil) tenha vacina de 1ª, 2ª ou 3ª categoria. Entendemos que o governo Federal tem errado, a doença avança está um quadro ruim em todas a unidades. Temos morosidade da entrega, nos angustia muito, a gente sabe que só vamos evitar mortes com a ampla vacinação”, destacou.

Com relação a possibilidade de mudar as restrições para conter a pandemia da Covid-19, o secretário destacou que todos os secretários de Saúde do Brasil concordaram em padronizar as medidas de isolamento social. “Todos entendem que é preciso uma padronização para que tenha um isolamento social maior já que é o remédio maior contra a Covid. Nos reunimos no domingo e ontem encaminhamos uma carte que foi endereçada aos governadores para que articulem para ter uma padronização no país”, ressaltou.

Antes recebendo pacientes de outros estados, Mato Grosso do Sul não tem mais como ajudar os vizinhos. O Estado faz divisa com cinco outras unidades da federação e fronteira com dois países. “Traz mais angustia a gente ver nossos vizinhos em estado grave, sem leitos. Traz incomodo e preocupação. Somos vizinhos e todos estão com quadro de crescimento da doença, muitos não tem leito de UTI nem na rede pública. Não estamos mais recebendo porque nossa ajuda humanitária estava condicionada a ter uma reserva técnica que nos desse segurança, mas como estamos com ocupação acima de 85% de leitos de UTI no interior e Capital acima de 90% não podemos mais receber”, ressaltou.

Regime de urgência
A Câmara dos Deputados aprovou há pouco o regime de urgência para o projeto. No momento, o deputado Igor Timo (Pode-MG) relata a matéria em Plenário.

Os deputados aprovaram ainda o regime de urgência para o PL 5043/20, do deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS), que está apensado ao Projeto de Lei 4237/15 e torna obrigatória a realização de vários testes em recém-nascidos para rastrear possíveis doenças, ampliando o número de anormalidades rastreadas por meio do teste do pezinho.

Fonte: Redação com Agência Câmara de Notícias

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