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Mãe de servidor acusado de aliciar meninos será ouvida pela polícia

23/10/2014 16h00

Mãe de servidor acusado de aliciar meninos será ouvida pela polícia

Dourados News

No andamento do inquérito que investiga Jeferson Porto da Silva, 33, servidor municipal de Dourados acusado de aliciar e manter relações sexuais com meninos menores de idade, a Polícia Civil vai ouvir a mãe dele, uma senhora de pouco mais de 60 anos de idade.

Ela morava com Silva em uma casa no Jardim Água Boa, para onde as investigações apontaram que ele atraía os menores de idade. Além da mãe do acusado, também será ouvida pela polícia a diretora da escola estadual onde Silva deu aulas de Geografia há oito anos. Lá, ele teria assediado alunos e acabou afastado.

Um ex-aluno, hoje com 20 anos e que na época tinha 12 anos de idade, já prestou depoimento relatando que foi assediado e que denunciou o caso à mãe, que levou à direção da unidade. A polícia acredita que mais alunos possam ter sido vítimas do servidor, que deve ser transferido para a Phac (Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa) amanhã e que vai prestar novo depoimento na quinta.

Ontem, um menor de 12 anos se apresentou junto dos pais para prestar depoimento. É a única vítima confirmada de Silva com menos de 14 anos, o que acabou rendendo a ele uma acusação por estupro de vulnerável. Hoje um adolescente de 14 anos, a vítima disse que manteve relação sexual com o servidor em troca de dinheiro após ser abordado por ele na internet, mas que na época estava mais interessado nas meninas que Silva tinha prometido apresentar a ele.

O servidor permanece isolado em uma das celas do 1º Distrito Policial. Pelo menos 20 menores de idade já foram ouvidos e confirmaram ter mantido relações sexuais com Silva em troca de dinheiro. A polícia suspeita que o número de vítimas ultrapasse as centenas. O inquérito deve ser concluído na sexta.

Ele deve responder por crimes de incentivo à prostituição infantil, pedofilia, estupro de vulnerável, perigo de contágio venéreo e falsificação de documento particular (esses dois últimos crimes pelo fato de ser portador de HIV e ter mantido relação sexual com os menores sem preservativo e por ter falsificado exame clínico para fingir não ter o vírus).

O caso

Jeferson Porto da Silva, 33, trabalhava na secretaria de administração da prefeitura de Dourados. Após dois meses de investigação, ele acabou preso no domingo (19) acusado de aliciar menores de idade e incentivá-los à prostituição. Conforme apontado pela Polícia Civil, ele utilizava um perfil falso no facebook e também no aplicativo de conversas para celular ‘whats app’, onde se passava por uma mulher chamada ‘Jéssika Alessandra’.

Após atrair os adolescentes com faixa etária entre 14 e 16 anos, ele marcava encontros noturnos na casa dele, onde morava com a mãe idosa. Quando chegavam lá e viam que não se tratava de uma mulher, os adolescentes então eram convencidos pelo servidor municipal a manter relações sexuais com ele mediante pagamento de R$ 30. Computadores e celular dele foram apreendidos e encaminhados para a perícia. Em um computador dele a polícia encontrou em uma análise preliminar fotos de adolescentes nus.

Portador de HIV, Silva ainda falsificou um exame clínico para convencer menores que questionavam ele sobre o uso de camisinha de que não tinha o vírus. Em alguns casos, ele sequer se fazia passar por ‘Jéssika Alessandra’ e abordava os menores de forma direta.

Jeferson Porto da Silva, 33,  (Foto: Osvaldo Duarte)

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