Na manhã desta quarta-feira (22), equipes do Dracco (Departamento de Combate a Corrupção e ao crime Organizado) estão a campo cumprindo ações no âmbito da Operação Dark Money.
Dentre os sete investigados está o ex-prefeito de Maracaju Maurílio Azambuja (MDB), que teve sua prisão temporária decretada. A operação tem como intuito desmantelar o desvio de cerca de R$23 milhões em dinheiro público, que vem sendo feito através de conta bancária fantasma e administrada a vários anos por Maurílio Azambuja.
Fora o ex-prefeito, foram decretadas as prisões do ex-secretário de Finanças Lenilso Carvalho Antunes, a ex-secretária Daiana Cristina Kuhn, Iasmin Cristaldo Cardoso, Pedro Everson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Satori e Moisés Freitas Victor.
As prisões são de cunho temporário, ou seja, válidas por até cinco dias, podendo ser prorrogadas por mais cinco. Dentre os sete mandados seis foram cumpridos, sendo que um conseguiu escapar, no qual suspeita-se que seja o ex-prefeito.
A Operação teve início nas primeiras horas da manhã desta quarta (22), onde viaturas foram vistas em diversos endereços de Maracaju, sendo que um deles seria o de Maurílio, porém, que, no entanto, não foi visto saindo da residência nas viaturas.
Também foram realizados outros 26 mandados de busca, apreensão e bloqueios de bens dos investigados. O principal foco são funcionários públicos que integraram o alto escalão município e empresários participantes no esquema.
Uma das descobertas da polícia civil seria a existência de uma conta bancária não declarada aos órgãos controladores, onde teriam disso feitos ao menos 150 repasses de verbas públicas em menos de um ano.
Estima-se que os integrantes envolvidos tenham emitido cerca de 600 folhas de cheques, que somariam por volta de R$23 milhões. Outro fato apurado é o dinheiro teria sido repassado a empresas que se quer possuem vínculo de serviço com a prefeitura, sendo estas licitações ou quaisquer contratos legais que justificassem as transações.