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quarta-feira, 25 de setembro, 2024
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Ex-prefeito não se apresenta a polícia tentando revogar prisão temporária

O ex-prefeito de Maracaju ainda foragido pode se apresentar nesta quinta-feira a polícia, foi o anunciado pela manhã desta quinta-feira (23), como o Enfoque MS noticiou. Mas, após sinalizar que se apresentaria no Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) ainda hoje, agora já passou horário de expediente, o ex-prefeito Maurílio Ferreira Azambuja, entrou com pedido de revogação da prisão. Com mandado de prisão temporária em aberto, ele é considerado foragido.

Conforme informações extra-oficiais, a defesa de Maurílio entrou com o pedido de revogação da prisão temporária, o que mostra para hoje ou outro dia, que o ex-prefeito não tem a intenção de se apresentar e deve aguardar a decisão do Judiciário. Ainda nesta quinta, outros três presos na operação foram levados para prestarem depoimento.

Detidos em celas da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), Fernando Martinelli Sartori, Pedro Emerson Amaral Pinto e Moisés Freitas Victor foram levados ao Dracco, para prestarem depoimento. No entanto, eles permaneceram em silêncio. As duas mulheres presas, Daiana Cristina Kuhn e Iasmin Cristaldo Cardoso são mantidas na carceragem da 2ª Delegacia de Polícia Civil.

O ex-prefeito de Maracaju é um, entre diversos investigados em desvio milionário de dinheiro público, e, ontem como os demais, ele teve prisão temporária decretada entre ações no âmbito da Operação Dark Money.

Operação mirou servidores públicos

A ação mirou servidores públicos que atuaram no alto escalão do executivo municipal nos anos de 2019/2020, bem como empresários e empresas com envolvimento no esquema. O desvio dos cofres públicos chegou à ordem de R$ 23 milhões, segundo a polícia.

Ainda conforme o Dracco, foi constatada a criação de uma conta bancária de fachada, diversa da oficial e não declarada aos órgãos de controle interno e externo do município, por onde foram promovidos mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de 1 ano.

A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de R$ 23 milhões, a empresas, sem qualquer embasamento jurídico para amparar os pagamentos.

Muitas das empresas beneficiárias dos valores não mantinham relação jurídica com a prefeitura — licitação, contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira. Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas.

Foram encontrados alvos no Paraná. Um deles acabou localizado e preso em um hotel. As ações foram realizadas em Maracaju, Corumbá, Ponta Porã e Campo Grande e envolveram 60 policiais civis do Estado — e ainda na cidade de Umuarama através de uma equipe da Polícia Civil do Paraná.

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