22.8 C
Campo Grande
terça-feira, 24 de dezembro, 2024
spot_img

Gasolina e diesel já serão encontrados mais caros a partir desta sexta-feira

O reajuste aplicado pela Petrobras sob os preços da gasolina, diesel e o GLP deverão ser sentidos pelos campo-grandenses já a partir da sexta-feira (11), mesma data em que os novos valores entram em vigor em todo o País.

De acordo com o gerente administrativo do Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de MS), Edson Lazarotto, o mercado é livre e o revendedor tem total liberdade de repassar imediatamente ou parcialmente os novos valores, mesmo fazendo uso do estoque atual.

Ao site EnfoqueMS, Edson explicou que os postos não precisam aguardar por uma nova remessa dos combustíveis para aplicar os novos valores. “As distribuidoras também tem estoque e reajustam de imediato, caso contrário, não conseguem fazer a próxima compra, principalmente porque os estoques estão nos limites”, disse.

Conforme o anúncio da Petrobras, o preço do litro da gasolina será reajustado em 18% (R$ 0,60) e o diesel em 25% (R$ 0,90). De acordo com o último levantamento de preços da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio da gasolina em Campo Grande está (até então) em R$ 6,36 o litro. Já o óleo diesel tem o valor médio de R$ 5,44.

Com o reajuste sendo aplicado já a partir dessa sexta-feira, o preço médio da gasolina na Capital pode ficar próximo e até mesmo ultrapassar a marca de R$ 7,00. No caso do diesel, com o aumento deverá custar em torno de R$ 6,30.

Guerra pode fazer preço aumentar mais

Gasolina e diesel já serão encontrados mais caros a partir desta sexta-feira
Gerente-executivo do Sinpetro/MS, Edson Lazarotto

Ainda conforme citou o gerente-executivo do Sinpetro/MS, esse reajuste nos combustíveis não acontecia há 57 dias e foi necessário por conta dos estoques e de um eventual desabastecimento do mercado.

“A Petrobras não reajustava seus preços desde 12 de janeiro e, devido à guerra entre Rússia e a Ucrânia, os preços do barril de petróleo ultrapassaram a marca de 130 dólares. Isso ocasionou essa defasagem, que já chega a 40% sobre o preço internacional. Caso não ocorresse esse reajuste poderíamos ter problemas de desabastecimento, principalmente do diesel”.

Edson Lazarotto citou também que o aumento não é bom para ninguém, seja para os empresários (donos de postos de combustíveis) ou para os consumidores. “Para os postos e para os consumidores todo reajuste é péssimo, pois perdemos volume de vendas e, no caso do consumidor, pesa demasiadamente nos seus custos finais”, disse.

Em sua avaliação, o Governo Federal precisa aprovar as medida para conter os reajustes que ainda estão por vir, principalmente por conta da guerra na Europa. “Caso contrário poderemos, sim, termos preços bastante alterados”, concluiu.

Fale com a Redação