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quinta-feira, 24 de outubro, 2024
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Dia da Água reforça a importância da preservação para o equilíbrio da vida na Terra

A água que sai da mangueira para o divertimento das crianças, que bate na janela durante a chuva, que limpa o corpo no banho, que sacia a sede no calor, que higieniza o legume durante a refeição. Não há dúvida de que este é o elemento da natureza mais importante para a vida humana. Tem tanto valor que ganhou uma data (22 de Março) dedicada exclusivamente para reforçar a sua preservação.

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico estima que cerca de 93 trilhões de litros de água são captados todos os anos para atender ao uso humano. Quase metade desse volume é destinado à irrigação agrícola. O uso urbano da água consome 24% da água captada no país, enquanto o setor industrial utiliza quase 10% desse recurso.

O Brasil é privilegiado por abrigar 12% das reservas de água doce de todo o mundo. Mas isso não significa que não devemos cuidar da preservação dos rios, pelo contrário, nos últimos anos testemunhamos a falta de chuva que afetou o volume dos reservatórios, prejudicando principalmente as hidroelétricas e o resultado pesou no nosso bolso, com contas de luz mais caras.

Em fevereiro, o último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas apontou que eventos climáticos extremos, como secas prolongadas, vão ser cada vez mais frequentes e intensas por causa do aquecimento global. Por isso, proteger as águas presentes no subsolo, nas superfícies e na atmosfera é uma responsabilidade fundamental da sociedade.

Pantanal é sinônimo de água

Dia da Água reforça a importância da preservação para o equilíbrio da vida na Terra
O Pantanal é considerado a maior área úmida continental do planeta (Foto: Unsplash / Nathalia Segato / CreativeCommons)

Considerado a maior área úmida continental de todo o planeta Terra, o Pantanal registra mais de 3.500 espécies de plantas e 1.500 espécies de animais, sendo muito importante para o ecossistema pela sua função de filtrar água, controlar vazões e regular as cheias dos principais rios do País, como o Paraguai, importante corredor de transporte marítimo.

O Pantanal contribui para a evapotranspiração, que controla as chuvas nas regiões centro-oeste e sudeste brasileiro. Sua importância foi reconhecida pela Unesco, que o classificou como Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera.

Apesar de todo esse reconhecimento e valorização, o bioma perdeu cerca de 75% da superfície aquática entre 1990 e 2021 por conta das queimadas e da expansão de fazendas de criação de gado e produção de cereais. Isso tem acendido o alerta das organizações não-governamentais (ONGs), que cobram do Governo Brasileiro ações para salvar o Pantanal enquanto ainda há tempo.

Em uma comparação, é possível afirmar que o Pantanal é como o ‘rim’ do planeta enquanto que a Amazônia é o ‘pulmão’. Sem o bioma, a maior parte da diversidade silvestre do mundo corre o risco de ser extinta. Além disso, os efeito também irão recair sobre a vida do ser humano, que sofrerá com a seca e o descontrole climático.

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