Um dos grandes nomes da música sertaneja caipira de Mato Grosso do Sul, o cantor Amambaí, que fez dupla com Amambaí (morto há quatro anos), faleceu na manhã desta quarta-feira (04), em Campo Grande, onde residia.
A informação foi confirmada pelo filho dele ao amigo Castelo, que também é cantor. “É com profundo sentimento que comunicamos o falecimento do querido cantor Amambai. Nos deixou nesta manhã de 4ª feira e foi juntar-se aos companheiros de arte: Amambaí – Zé Corrêa e Dino Rocha. Que Deus em sua infinita bondade o receba no Reino da Glória”, diss.
Familiares não informaram o motivo do falecimento.
Carreira
Ermídio Umar (Amambai) nasceu na cidade de Bela Vista, em 22 de março de 1940. Em 1955, ainda com 15 anos de idade, formou dupla com Carlos Alvarenga, o duo recebeu o nome de Alvarenga e Umar”. Chegaram a graver um disco, porém, a parceria acabou antes do lançamento.
Umar conheceu o parceiro Cecílio da Silva em uma festa de casamento e então formaram a dupla “Amambay e Amambaí”. No início eram acompanhados pelo acordeonista Elinho, e em 1964 passaram a tocar com o Zé Corrêa.
No ano de 1967, Délio e a Delinha convidaram Zé Corrêa para gravar na Califórnia, onde acabou sendo contratado pela gravadora. Ele então convidou os amigos Amambai e Amambaí para gravar uma participação especial em seu segundo disco “O Ídolo de Mato Grosso”, lançado em 1969. A música gravada pelo trio foi “A Matogrossense”.
Com o sucesso da participação no disco, a gravadora lançou no mesmo ano o LP “Os Mensageiros de Mato Grosso”, formado pelo Trio Amambai, Amambaí e Zé Corrêa. Era o início de uma carreira de sucesso.
Em 1982, com Ado e Dino Rocha, formam “Os Filhos da Terra” e gravam Discos e Fitas Xaraés Ltda, o primeiro trabalho. No ano de 1985, gravam o disco “Gastando com Elas” .
O primeiro chamamé em castelhano gravado no Brasil foi pela dupla Amambai e Amambaí. Foram 50 anos de carreira e 15 discos gravados.
