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domingo, 24 de novembro, 2024
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Paraguai fez operação em presídios atrás de pistas do mandante da morte de promotor

Atrás de pistas que levem ao mandante do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci, em crime ocorrido na terça-feira (10) numa praia particular da Colômnia, autoridades paraguaias realizaram nesta quinta (12) uma operação em dois presídios da cidade de Asunción, capital daquele país. A investida tinha como finalidade buscar provas dentro das celas ocupadas por bandidos ligados ao narcotráfico e também envolvidos na liderança de facções organizadas.

Para a investigação do caso no Paraguai, a principal teoria aponta que traficantes locais teriam ordenado a execução do promotor, que é responsável por apurar e denunciar chefes de quadrilhas que atuam na linha internacional da fronteira com o Brasil e a Bolívia. Além disso, Pecci investigava crimes de lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo em território.

De acordo com o comissário Baldomero Jorgge, subcomandante da Polícia Nacional, confirmou que as buscas foram feitas em celas de Tacumbú, maior presídio do Paraguai, e na Agrupación Especializada, quartel usado como presídio de bandidos famosos. Na operação, foram apreendidos diversos celulares e tablets com os presos e que agora serão periciados.

Um dos alvos da operação policial foi o brasileiro de origem libanesa Kassem Mohamad Hijazi, preso em agosto do ano passado em Ciudad del Este, e que comandava o poderoso esquema de lavagem de dinheiro na Tríplice Fronteira.

O crime

Marcelo Pecci foi morto durante  lua de mel na praia privada do hotel Decamerón, na província de Barú, em Cartagena das Índias, na costa caribenha da Colômbia. Ele estava com a esposa, a jornalista Claudia Aguilera, com quem tinha se casado no dia 30 de abril. No dia em que foi morto, a esposa anunciou que estava grávida dele em uma publicação nas redes sociais.

De acordo com a atualização do caso, o assassinato do promotor aconteceu no momento em que o casal recolha seus pertences para deixar a praia e voltar ao hotel. Dois homens em um jet-ski se aproximaram dele e um passageiro efetuou os disparos de calíbre 9 mm contra Marcelo, que morreu na hora.

Pecci foi atingido por três tiros, que acertaram no rosto e dois no peito. A ação durou menos de 15 minutos. A polícia colombiana informou que um terceiro envolvido, que seria o “olheiro” dos pistoleiros, monitorava os passos do promotor no hotel. Até agora não há pista dos assassinos. O corpo de Marcelo Pecci deve chegar sábado (14) ao Paraguai.

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