11/12/2014 16h00
Busca por drogas e cerco policial teria resultado em três bandidos mortos em Sapucaia
Dourados News
A busca por entorpecentes do lado paraguaio aliado ao cerco policial feito na região tem ‘movimentado’ Coronel Sapucaia, na fronteira entre os dois países. A alegação é do delegado de Polícia Civil da cidade, Roberto Faria, que ainda afirmou que o antes violento município, tem passado por um período de calmaria.
Na manhã desta quarta-feira (10), dois criminosos foram mortos após roubarem peças avaliadas em R$ 15 mil de uma joalheria. Ambos foram identificados como Bruno Alinor, 17, morador em Cuiabá (MT) e Valrison Silva de Jesus, 20, residente em Ji-Parana (RO).
“São duas situações que ocasionam a vinda desses criminosos. A chegada do final de ano e a fronteira com o Paraguai. Mas, eles estão esbarrando no cerco policial feito pelos organismos de segurança brasileiros e a policia paraguaia. Os criminosos querem entorpecentes, mas estão sem dinheiro, então, resolvem roubar e acabam presos. Outros trazem veículos roubados para trocar por droga no país vizinho”, disse o delegado.
No dia 27 de novembro, Ricardo Antunes Afonso Soares, 29, morreu após roubar uma Toyota Hillux em Dourados e entrar em confronto com policiais durante tentativa de chegar ao país vizinho através de Sapucaia. Ele estava na companhia de Fernando dos Santos Dorneles, 21, o ‘Cachorro Louco’.
“Esses três casos mais recentes movimentaram a cidade, que estava tranquila. Esse pessoal vem de fora e encontra um aparato para coibir esses atos ilícitos aqui na região”, pontou o delegado.
ASSALTO A JOALHERIA
Bruno Alinor, 17 e Valrison Silva de Jesus, 20, foram surpreendidos na manhã desta quarta-feira (10) após assaltarem uma joalheria em Coronel Sapucaia. Os acusados teriam, inclusive, trancado o proprietário do estabelecimento dentro do banheiro. Quando se preparavam para fugir com os objetos avaliados em R$ 15 mil, acabaram surpreendidos por um atirador ainda não identificado que disparou várias vezes contra os dois, que morreram no local.
“A hipótese que trabalhamos é simples. Alguém armado viu a situação e reagiu. Não é um fato que me causa estranheza”, disse o delegado da cidade, Roberto Faria, ao Dourados News momentos depois do caso.
O titular da Polícia Civil ainda descartou uma possível ação de ‘justiceiros’, como aconteceu em casos recentes em Ponta Porã, município vizinho que também fica na região de fronteira.
“Não tem nada de justiceiros, aqui é uma cidade calma. Todos que se envolvem em crimes vêm de fora, como era o caso desses dois. Um cidadão de bem não usa arma fria e não comete crime. Nossa investigação é em cima de uma reação de alguém que interviu em um crime que estava acontecendo”, finalizou o delegado. Além das joias que seriam roubadas, foram apreendidas também com os acusados duas pistolas nove milímetros.
