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domingo, 29 de setembro, 2024
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Moradores levam indignação e abaixo-assinado para fim de bagunça em ação antidemocrática no CMO da Capital

A dita manifestação ‘popular’, mas flagrantemente antidemocrática e fora de todas as Leis, que já dura dez dias em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande, mesmo com decisão judicial e multas ditas aplicadas, não cessa-acaba, na Avenida Duque de Caxias. Até o momento sem autoridade local para resolver e aplicar determinação judicial nacional, a situação continua a causar muitos transtornos a moradores da região, bem como a toda população, que necessita ir e vir por uma das principais vias da Capital. A rua se não fica fechada totalmente, tem somente pequeno espaço aberto e contínua bagunça de toda espécie praticamente 24 horas.

Assim, como o Enfoque MS havia antecipado que Moradores vão à Câmara para pedir liberação em frente ao CMO , nesta quinta-feira (10), um grupo de moradores da região do CMO, foram à Câmara de Vereadores para pedir providências em relação a manifestação que ocorre desde o fim das eleições no dia 30 de outubro. O grupo organizado e financiado, alega ser contra os resultados legítimos e oficiais do pleito a Presidência da República, que já proclamou Luís Inácio Lula da Silva, como o vencedor e futuro presidente do Brasil.

“Esta inconcebível e até inacreditável a desordem e situações fora de bom senso e de muitas ou todas as Leis. Existe barulho a qualquer hora, desde cedo, até de noite. A aparelhagem de som lá é coisa de trio elétrico. Está perturbando o sono de idosos, crianças, de pessoas que têm que acordar cedo”, relataram moradores a Vereadores.

Os atingidos, que não identificamos, para não serem ainda perseguidos, pela algazarra em nome de ‘protesto pela Pátria’, estão em busca de outra forma de autoridade para tentar acabar com situação perturbadora ante que as autoridades locais executiva – prefeitura e governo Estado – não tomaram atitude ante o fato de Segurança Pública e perturbação da ordem e direitos civis coletivo constituídos estarem sendo totalmente desrespeitados e usurpados pela ação de protesto no local.

Cumprir as muitas Leis

Os moradores também reclamam do trânsito, que atrapalha pessoas que precisam se deslocar para o trabalho, casos urgentes e ou a simples vida do dia-a-dia. Eles com toda razão lembram das Legislações vigentes em todos os níveis, que não teria necessidade de um Poder -prefeitura ou Estado- estarem esperando um pelo outro.

“Este grupo, aqui agora, não aguenta mais a situação. Viemos pedir intervenção jurídica da Câmara para que a Lei seja cumprida. Existe uma legislação de trânsito, de poluição sonora e outras. Queremos que atuem em cima de Lei que já existe. A cidade, não precisa de autorização ‘superior’, da Justiça, do STF (Supremo Tribunal Federal), de nada. Basta cumprir as muitas legislações, Municipal“, protestou morador contra situação anormal do tido ‘protesto’.

Câmara já pediu e irá reforçar

O presidente da Câmara, Carlão Augusto Borges, o Carlão (PSB) informou que já havia conversado com a prefeita Adriane Lopes e com a Secretaria de Segurança, via Instituições, que agora tem pedido reforçado pela população interessada e atingida diretamente.

“Está acima do limite. A população está com dificuldade para dormir. Tem um hospital ali perto. Ontem mesmo o exército atestou a lisura das urnas. Democracia é isso. Ganha quem tem mais votos”, pontuou o chefe do Legislativo, que reforçou ainda que o momento é de paz, alegria e união com o Brasil na Copa do Mundo. “Eleição agora é daqui a dois anos”, concluiu.

O presidente da Câmara ressaltou que a demanda dos moradores será encaminhada aos órgãos competentes. “Justiça, Governo do Estado e prefeitura para darem atenção especial aos moradores da região. Ali tem idosos, crianças, hospital e tem que ter atenção especial dos gestores. A Câmara vai intermediar, interceder a favor da população daquela região. A Câmara é a favor da democracia, levaremos o pedido pessoalmente ao governador Reinaldo Azambuja para atendê-los. Não queremos violência, mas tem que atender a população. A manifestação não pode tirar a tranquilidade da maioria das pessoas”, disse.

O vereador Marcos Tabosa leu o pedido da população e questionou manifestantes. “o que falta pra vocês que estão em frente ao CMO? Ministério da Defesa já concluiu que não houve fraude. Falta o que? Um posicionamento da NASA?”, ironizou.

Muitos transtornos

Representando os vizinhos da região, Eber Benjamin relatou que, além do caos no trânsito, com a via parcialmente interditada, barulho ocasionado por carros de som e fogos de artifício têm causado muitos transtornos.

“Enfrentamos congestionamentos, atrasos de 40 minutos a uma hora para nos deslocarmos. Além das pessoas que moram na região, estão sendo prejudicados trabalhadores que vão para o polo industrial, pessoas que precisam do aeroporto ou ir para outras cidades, como Aquidauana. Pais que precisam levar filho na escola, pessoas que perderam consulta médica, são muitas dificuldades”, disse. Ele lembrou ainda que existe hospital na região, o que agrava o problema dos barulhos.

No documento entregue aos vereadores eles pedem intervenção jurídica para que a Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado sejam acionados para tomar medidas. “Estamos aqui para protocolar pedido de intervenção jurídica da Câmara para que a Agetran e a Secretaria de Justiça e Segurança cumpram com seu dever, cumpram a legislação”, disse Eber.

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