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quinta-feira, 19 de setembro, 2024
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Homem que estuprou e matou criança na Capital confessa o crime

Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (12), o delegado Roberto Morgado disse que o homem responsável pelo estupro e assassinato de uma criança de 11 anos ocorrido na noite de domingo (11), em Campo Grande, confessou a autoria do crime. M.A.P. tem 31 anos e é um velho conhecido das autoridades policiais, sendo que já respondeu por maus-tratos contra crianças e violência doméstica praticada contra uma ex-esposa que estava grávida dele de 15 semanas.

De acordo com a investigação, ele relatou que foi até o endereço para procurar pela mãe da criança, com quem tinha combinado um programa para áquela noite. Ele chamou pela mulher, que não respondeu e então decidiu entrar porta dos fundos, momento em que encontrou a menina na cozinha. Nisso, a criança começou a gritar por socorro e ele deu um soco e bateu a cabeça dela contra o chão.

Ele negou que tenha estuprado a menor, entretanto, a perícia apontou e confirmou que a vítima foi abusada sexualmente e com penetração. O assassino chegou a dizer que colocou os dedos no órgão genital dela, mas afirmou não se lembrar de ato sexual pois estava bêbado naquele momento. O laudo constatou que a morte da menina foi por traumatismo craniano.

Ainda segundo o delegado que interrogou o homem, ele afirmou ser usuário de drogas, assim como a mãe da vítima e que ia com frequência na casa para usar drogas. O réu contou que manteve relações sexuais com a mãe da criança morta por pelo seis vezes em momentos diferentes e que desconfiava de que as crianças estavam sozinha na casa naquela noite.

Ao matar a menina, ele foi direto para a sua casa, onde lavou a roupa que estava usando e dormiu como se nada tivesse acontecido. O réu foi preso no início da tarde por equipes do GOI (Grupo de Operações e Investigações) e da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) no momento em que estava indo ao local de trabalho nas imediações da casa onde a menina foi covardemente morta por ele. A polícia chegou até ele através das imagens captadas por câmeras de segurança.

Ele foi atuado em flagrante por estupro e homicídio, sendo que já foi solicitada a sua prisão preventiva. O delegado responsável pelo caso disse que o sujeito tem uma personalidade violenta e que demonstrou arrependimento após o depoimento. A investigação ainda não concluiu o inquérito e tenta agora comprovar a dinâmica do crime, já que a suspeita é de que o homem tenha estuprado a criança e depois a matado por medo dela o entregar para a polícia, já que sabia quem ele era.

O velório da menina de 11 anos está sendo organizado por responsáveis da Sociedade Assistencial MeiMei, onde a vítima era assistida. Os irmãos mais novos dela foram encaminhados para um abrigo pelo Conselho Tutelar. O crime chocou a rua onde a família morava, principalmente por todos conhecerem a criança, apelidada de ‘estrelinha’.

O caso

Na noite de domingo (11) uma criança de 11 anos foi encontrada morta dentro de casa pela mãe, que havia acabado de chegar de um bar e estava totalmente embriagada. A mulher deixou a criança tomando conta sozinha dos irmãos menores para poder sair de casa durante a tarde e a noite.

A mãe da vítima acabou presa por tentar agredir os policiais durante a ocorrência. Na sua versão, disse que os vizinhos não teriam olhado os seus filhos durante a sua ausência e por isso ela morreu.

O corpo da menina foi encontrada no chão da cozinha, com o rosto ferido, ensanguentada e sinais de violência sexual. O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado e tentou reanimar por cerca de uma hora, mas ela não resistiu.

Os irmãos menores estavam no quarto da casa, sem ferimentos, um deles é um bebê e o outro tem três anos. Os dois foram recolhidos pelo Conselho Tutelar para um abrigo.  A mulher vai responder por abandono de incapaz. A polícia citou que não encontrou alimentos para as crianças na casa, além do local estar em condições precárias.

Vizinhos disseram que ouviram um homem chamando pela mulher durante a noite, no entanto, o fato é muito comum e não levantou qualquer suspeita dos moradores, que também disseram não ouvir gritos altos de socorro ou mesmo de dor. O caso foi registrado como homicídio qualificado, estupro de vulnerável e abandono de incapaz.

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