Com a posse de Simone Tebet (MDB) no cargo de ministra do Planejamento do governo Lula ocorrida no domingo (1º), o seu primeiro suplente no cargo de senador poderá ser convocado para assumir a cadeira pelo menos pelos próximos 30 dias que ainda restam para encerrar os oito anos do mandato.
Cada senador é eleito com dois suplentes, que podem ser convocados para substituí-lo, temporariamente, nos seus afastamentos e licenças, ou, definitivamente, nas hipóteses de morte, renúncia ou perda do mandato. O mandato de senadores dura 8 anos e começa e termina no mês de fevereiro, quando os trabalhos no Congresso Nacional são abertos após as férias de janeiro.
No caso de Sinome, o primeiro suplente é Celso Dal Lago, conhecido pecuárista que foi condenado a quatro anos e oito meses por corrupção em junho de 2016. Ele foi um dos 68 dos alvos da Operação Uragano, deflagrada pela Polícia Federal em 2010 contra um esquema de corrupção em Dourados.
A Justiça substituiu a sua prisão por prestação de serviços à comunidade por 1.700 horas e ao pagamento de 120 salários mínimos em favor do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Dourados), mas de acordo com informações do site O Jacaré, ele nunca pagou nada. Ele ingressou com habeas corpus e conseguiu se livrar da condenação porque o crime prescreveu.
O segundo suplente de Sinome Tebet é uma figura política muito conhecida no Estado: Moacir Kohl, que foi duas vezes prefeito de Coxim e vice-governador do estado na primeira gestão de Zeca do PT. Ele também comandou a Secretaria de Produção e foi um dos principais incentivadores do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) que financiou bilhões de investimentos em obras de empresas na iniciativa privada.
De acordo com a assessoria de imprensa do Senado Federal, ainda não está definido se haverá a necessidade para a convocação de algum destes suplentes.