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domingo, 22 de dezembro, 2024
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Reunião nesta quinta-feira vai definir o novo valor da tarifa do transporte público, que pode ser de R$ 4,80

O Conselho Regulador de Serviços Públicos, subordinado a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), vai se reunir de forma extraordináira na tarde desta quinta-feira (19) para discutir e aprovar o novo valor da tarifa do transporte público de Campo Grande. A estimativa é que o preço da tarifa-técnica não ultrapasse os R$ 5,80, bem menor do que os R$ 8,00 pedidos pelo Consórcio Guaicurus.

Em reunião durante a tarde desta quarta (18), representantes da Prefeitura de Campo Grande, Consórcio Guaicurus e do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) se comprometeram a buscar alternativas para resolver o impasse e encerrar a greve dos motoristas de ônibus. No acordo, a circulação dos veículos voltam ao normal já na quinta-feira, porém, foi estipulado o prazo de até este sábado (21) para que as empresas de viação definam o aumento salarial da categoria.

O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT/MS), Tomás Bawden, que mediou o encontro propôs um reajuste de 8% retroativo a data-base de novembro mais 2% divididos no mês de maio e setembro. Ao todo, o salário dos motoristas teria um acréscimo de 10%, o que é  bem diferente do que pedem, sendo 16% mais a manutenção dos benefícios sociais, como vale-refeição e participação nos lucros.

Já a Prefeitura de Campo Grande citou que vai aumentar o valor da chamada tarifa-técnica, passando dos atuais R$ 5,15 para R$ 5,80, essa tarifa leva em consideração dos custos do serviço, já descontando os benefícios fiscais concedidos ao Consórcio. Para a prefeita Adriane Lopes, desta forma, o preço final que será praticado aos usuários deverá ficar entre R$ 4,65 a R$ 4,80. O valor atual da tarifa está em R$ 4,40.

Ainda na reunião, o advogado que representou o Consórcio, Felipe Barbosa, disse que o valor técnico de R$ 5,80 é muito baixo e não cobre o real custo da operação do serviço. Ele defendeu o valor técnico de R$ 7,79. Ainda segundo a fala dele aos jornalistas, o deficit anual para o custeio do transporte urbano de Campo Grande está em torno de R$ 4 milhões e que, diante do cenário, as empresas de viação cogitam deixar de prestar o serviço.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, Demétrio Ferreira de Freitas, ressaltou que já há um edital preparado para ser publicado na próxima semana onde prevê a greve por tempo indeterminado da categoria, caso o acordo com o Consórcio não aconteça dentro do prazo previsto.

“Esperamos que hoje o consórcio avalie melhor e nos chame para voltar a discutir. Caso isso não aconteça, hoje estamos soltando um edital de greve por tempo indeterminado. Vamos fazer uma assembleia, tudo certinho. Se não houver nenhum êxito em negociação mesmo, ai vamos fazer paralisação de 2, 3, 4 dias. Mas amanhã vai estar normal”, disse ele.

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