25/12/2014 10h30
“Vou entregar uma Dourados muito melhor do que recebi”, avalia prefeito
Diz o prefeito de Dourados Murilo Zauth em entrevista ao Dourados News
Dourados News
Em entrevista ao Dourados News o prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB). À frente da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, Zauith inicia em 2015 o seu quarto ano de mandato. Durante a entrevista, ele destacou que Dourados cresceu muito neste período em todos os aspectos.
O prefeito ressaltou também as obras em andamento em vários setores no município e afirma que pretende entregá-las todas concluídas ao término do mandato. “Fizemos os planejamentos, fomos atrás dos projetos, lutamos para conseguir recursos e hoje nós temos 136 obras contratadas sob responsabilidade da prefeitura. Queremos entregá-las concluídas em 2016”.
Para o ano que vai começar, Zauith destaca como projetos principais a construção de um CEIM (Centro de Educação Infantil) na Reserva Indígena, o término das academias a céu aberto e os projetos da área habitacional.
Por fim o prefeito apontou que o próximo gestor terá o desafio de fazer com que a cidade continue crescendo e afirmou que tem cumprido o compromisso que assumiu com o município de tornar Dourados a cidade do Estado que mais cresce e que mais gera oportunidades.
Confira a entrevista na íntegra:
Dourados News– O senhor começa o quarto ano de mandato a frente do município, o que mais te marcou neste período?
Murilo Zauith – No próximo dia 23 de fevereiro nós completamos quatro anos de mandato e realmente é preciso fazer um retrospecto, uma avaliação, refrescar a memória e ver que hoje Dourados é outra cidade em todos os aspectos. Não tenho dúvida de que cada um que passou pela prefeitura procurou fazer a melhor forma e isso é o que nós estamos fazendo também. Pegamos a cidade em transição e hoje ela é um lugar com personalidade e que gera oportunidades, conhecimento, serviços. Então estamos construindo uma cidade para que todos os douradenses participem deste momento.
D.N – Porque Dourados é a cidade que mais cresce?
M.Z – É a cidade que mais cresce no Estado, que mais cresce no PIB (Produto Interno Buto). Se você pegar todos os dados do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] que saem toda semana é possível observar que todos os itens que pertencem a Dourados são positivos. Isso porque nós criamos esse ambiente para que o empresário tenha segurança jurídica, para que todos possam investir aqui no seu trabalho, nos seus estudos, na construção da sua vida. É isso que nesses quatro anos podemos avaliar. Eu tenho dito junto com os secretários que a partir de janeiro vamos começar a terminar o mandato, pois nesses quatro anos nós estabelecemos as regras, fizemos os planejamentos, fomos atrás de fazer os projetos, lutamos para conseguir os recursos e hoje nós temos 136 obras contratadas sob responsabilidade da prefeitura e queremos entregá-las concluídas, terminando no mandato de 2016. Também queremos entregar a prefeitura com sua situação totalmente equilibrada, com salários em dia, totalmente estabilizada para que o próximo gestor possa assumir nesse impulso e realmente trabalhar mais para não perdermos esse ‘pique’ que demos de crescimento.
D.N – Como definir Dourados atualmente?
M.Z- Atualmente eu vejo falar que o Brasil está em crise, eu vejo falar que há desemprego, mas aqui dentro de Dourados vamos ter um dos melhores finais de ano pela avaliação do comércio, pela avaliação da Associação Comercial, pelo número de vendas do Natal que está ocorrendo aqui. Aqui tem emprego pleno, as pessoas tocam a vida da melhor forma possível. É isso que eu sinto hoje e os dados nos comprovam.
D.N – No passado, observávamos uma cidade voltada quase que em sua totalidade para o setor agrícola, comprometendo em alguns casos a economia local. Hoje a realidade é diferente. Qual a sua opinião sobre o assunto?
M.Z- Antigamente Dourados era mais voltada para a agricultura com foco na soja e no milho, que eram e continuam sendo o carro chefe da nossa economia. Agora temos também a prestação de serviços, porque a cidade tornou-se um pólo e assumiu essa responsabilidade na área de saúde, educação, comércio, entre outros. Todo o Conesul do Estado se serve de Dourados para ter os serviços e adquirir aqui seus bens de consumo.
D.N – Qual a responsabilidade de se governar uma cidade do porte de Dourados considerando a importância dela no contexto estadual?
M.Z- No contexto estadual eu penso que o que nos dá realmente essa tranquilidade de estar cumprindo bem o nosso papel são os dados e eu argumento sobre o quanto Dourados avançou com base neles. Vamos fechar o ano, por exemplo, com duas matérias que vão ficar marcadas em 2014, que foi a da revista Veja e do Jornal Hoje, da Rede Globo, que colocaram a cidade como uma das que mais gera oportunidades no país. Esse foi um dos nossos projetos quando assumimos a cidade e esse reconhecimento reflete que o nosso papel está sendo cumprido.
D.N – Cite as prioridades para 2015 da administração municipal.
M.Z- A prioridade é terminar as obras contratadas e em execução. Penso que tudo que foi combinado com a população está sendo cumprido. Administrar é um trabalho árduo. Temos gerenciado diversos projetos na área de saúde, infraestrutura e educação. Construímos, por exemplo, a primeira creche em distrito e também queremos fazer o primeiro Ceim do país em uma Reserva Indígena, que é um objetivo para o ano que vem. Queremos terminar também as academias a céu aberto, na área de habitação vamos fechar cinco mil casas construídas, há ainda as frentes de asfalto que temos nos bairros, esgotamento sanitário, entre outros. Estamos envolvidos e focados nesses projetos e iremos trabalhar para finalizá-los até o fim do nosso mandato.
D.N – Ano novo, vida nova no governo do Estado. O que espera da gestão Reinaldo Azambuja (PSDB)?
M.Z- Todo governo que entra gera expectativa e, logicamente, o governo do Reinado está gerando muita expectativa, pois ele batalhou muito para ser governado e a população está dando esta oportunidade a ele. Espero que ele possa contar com Dourados, espero que ele corresponda também a Dourados pois a cidade correspondeu com ele, sendo uma das cidades que pela expressiva votação que teve o ajudou a chegar no segundo turno.
D.N – Como estão os contatos entre município e Estado?
M.Z- Com o governo que está acabando, o governador André Puccinelli [PMDB] esteve aqui há alguns dias, inaugurou obras e tive a oportunidade de acompanhá-lo. Conseguimos lançar o Anel Viário, a avenida Guaicurus, o novo presídio semiaberto que conseguimos tirar da área central. Então são obras que eu tive a oportunidade de discutir no governo ainda no primeiro mandato e que agora estão terminando depois de oito anos. Quanto ao governador eleito temos que esperar a posse dele. Acredito que ele vai querer conversar com todos os prefeitos e traçar com todos os projetos que eles têm para cada município do Estado.
.N – Instalada a Governadoria Regional – promessa de campanha do governador eleito – o que ela trará de positivo para a cidade?
M.Z- Eu penso se essa governadoria regional vai ter autonomia financeira e administrativa. Se tiver e se o representante do governador aqui puder tomar algumas decisões, trabalhar com elas e ter orçamento para isso, esse é um projeto que poderá funcionar bem. Agora se for uma pessoa para representar o governador, para você levar para essas pessoas a sua demanda e ela levar para o governador, não tem necessidade, pois nós temos deputados eleitos por Dourados que têm compromisso com a cidade, que foram eleitos justamente para levar nossas demandas, nossos anseios para o governador e colocá-los em discussão.
D.N – Como avalia o período ‘pós-eleições’ para Dourados, principalmente na Câmara Federal onde o município perdeu um representante?
M.Z- Quando fui deputado federal, na minha época éramos em três e tivemos a oportunidade de trabalharmos juntos por Dourados e discutir vários projetos. Tínhamos muita força perante a bancada para tratar dos interesses da cidade. A nossa democracia é representativa, então penso que o que fortalece ela é a representação, se perdemos um representante perdemos também na nossa força política.
D.N – Até que ponto essa diminuição prejudicará o município em relação ao repasse de verbas e projetos?
M.Z- Da nossa administração não creio em muito prejuízo, porque já temos muitas obras contratadas e conseguimos viabilizar recursos, então o foco agora é apenas terminá-las. Agora, para as próximas administrações, essa discussão política vai ficar para as próximas eleições e vamos ver os compromissos que a bancada federal conseguirá firmar para Dourados.
D.N – Em relação à saúde, com a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) agora em funcionamento, o que deve mudar na área da saúde para Dourados?
M.Z- A UPA até meados de janeiro deverá estar funcionando em sua plenitude. A unidade começou com um atendimento de 90 pessoas e dia a dia vem aumentando esse número e quando estiver atendendo em sua plenitude, ela vai receber as ambulâncias do SAMU [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], fazendo a triagem de encaminhamento para o Hospital da Vida, para o Hospital Universitário e para o Hospital Evangélico. Se a emergência não precisar ir para Hospital da Vida, a UPA que vai fazer todo atendimento, então ela vai cumprir um importante papel atendendo também a todos 34 municípios que chegam para esse serviço em Dourados.
D.N – A promessa feita por Puccinelli de repassar R$ 1 milhão ainda este ano foi cumprida?
M.Z- Essa promessa está sendo cumprida sim, o secretário de saúde Sebastião Nogueira assina o convênio ainda neste ano.
D.N – Para finalizar, o que o douradense pode esperar da atual administração até o fim de seu mandato?
M.Z- Pode esperar que vou entregar uma Dourados muito mais muito melhor que recebi e que a vida dos douradenses também vai ficar muito melhor.
