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sexta-feira, 22 de novembro, 2024
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Morador de rua morre por hipotermia em Campo Grande

Segundo caso ocorrido nesta semana na Capital, após chegada da frente fria que derrubou as temperaturas

Um morador de rua de 53 anos, morreu nessa quinta-feira (15) após sofrer de hipotermia, em Campo Grande. Ele chegou a ser socorrido até uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon.

Nestor Silva dos Santos foi encontrada caída na rua sendo socorrida pelo por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e levada para a unidade de saúde por volta das 14 horas.

Segundo os médicos que o atenderam, ele apresentava morte cerebral, hipotermia e alcoolismo.

Esse é o segundo caso de morte de pessoas em situação de rua, nesta semana em Campo Grande. Todos relacionados a hipotermia, quando a temperatura do corpo se encontra abaixo dos 35°C.

Neste caso, a perda de calor do corpo excede sua produção, sendo mais comum durante clima frio ou imersão em água fria. Os sintomas progridem de calafrios e letargia à confusão, coma e morte.

Na quarta-feira, dia 14 de junho, Sidinei Carvalho, 57 anos, foi encontrado na calçada de uma empresa madeireira, na Rua Osvaldo Aranha, no Jardim Monumento, na Capital.

Assistência Social

Desde a chegada da frente fria na última segunda-feira (12), equipes da Secretaria de Assistência Social de Campo Grande realizaram 376 abordagens, 293 acolhimentos e entrega de 392 cobertores. Só na manhã de ontem (15), das 23 abordagens realizadas pelas equipes, 18 partiram de registros da população.

Ao receber a informação via telefone celular, as equipes, que ficam sediadas no Centro POP, equipes vão até o endereço indicado para fazer a oferta do acolhimento. No local é feito um relatório sobre a situação do usuário, caso ele seja encontrado no ponto indicado. Independente de localizar a pessoa, a equipe faz uma devolutiva para a pessoa que acionou o serviço.

Já na busca ativa, as ações acontecem em diversos pontos da área central, viadutos e próximo ao antigo terminal rodoviário. O objetivo é convencer a pessoa a sair das ruas, mas há uma parcela que recusa o atendimento, na maioria das vezes devido ao uso de substâncias psicoativas.

As recusas de atendimento são um direito garantido pela Constituição Federal de 1988, em seu Art. 5º, Inciso XV e nesses casos são feitas as entregas de cobertores, mas as equipes retornam nos mesmos pontos com abordagens diferenciadas, reforçando a oferta do acolhimento.

Para acionar as equipes do Seas, a população pode entrar em contato pelos telefones (67) 99660-6539 ou 99660-1469, que funcionam de forma ininterrupta.

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