37.8 C
Campo Grande
quinta-feira, 19 de setembro, 2024
spot_img

Seis em cada dez famílias endividadas fazem ‘rodízio’ para pagar as contas

Escolha de qual dívida priorizar envolve valor dos juros e o quanto cada despesa pode ser atrasada

Com o número de famílias endividadas no maior nível dos últimos 13 anos, a solução para seis em cada dez (61%) está na escolha de qual dívida prefere pagar. De acordo com o Instituto Locomotiva, o chamado “rodízio” das contas considera o valor dos juros e o quanto podem atrasar.

Dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) mostram que a parcela de famílias com dívidas a vencer voltou a subir em junho e afeta 78,5% dos lares, dos quais 18,5% se consideram muito endividados.

O alto nível das taxas de juros praticadas no Brasil estimula ainda mais a seleção de qual dívida será privilegiada. No caso do cheque especial, as taxas de juros totalizam mais de 130% ao ano, o que faz uma dívida de R$ 1.000 contraída no início do ano alcançar R$ 2.300 ao final de dezembro.

Segundo o BC (Banco Central), a nível médio dos juros anuais do rotativo do cartão de crédito são ainda maiores e superava 455% em maio. Significa que uma fatura de R$ 500 sem ser paga por um ano pode resultar em uma dívida cinco vezes maior, de R$ 2.775.

“É necessário que a educação financeira seja cada vez mais incentivada. A consciência de gastos e o planejamento para realização de grandes projetos beneficia não apenas o detentor do dinheiro, mas todos ao seu redor”, afirma Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios.

Orientação

Para evitar ter o nome no vermelho, Lamounier orienta o uso de regra chamada “50, 30, 20” para organizar as finanças e priorizar as despesas mais importantes para evitar o endividamento.

A regra financeira separa o orçamento em três partes: 50% para gastos fixos e essenciais, 30% gastos variáveis e que podem ser cortados caso necessário e 20% para investimentos ou criação de um fundo de reserva.

“Com uma renda de R$ 2.000 por mês, você consegue separar R$ 1.000 para gastos fixos, R$ 600 para usar com gastos variáveis e R$ 400 para investimentos ou reserva de emergência, que deve ser encarada com seriedade”, afirma.

Lamounier também alerta para a importância de acompanhar de perto as receitas e as despesas para poder se manter sempre no azul. “Identificar os pontos de melhoria, analisar o mercado e traçar os seus objetivos é o básico para o planejamento anual, assim você estará preparado para longos períodos e evitará endividamentos”, completa.

Fonte: R7

Fale com a Redação