16/01/2015 09h30
Cerveró diz que diretoria executiva da Petrobrás aprovou negócio das sondas
Estadão
O ex-diretor da área de Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró afirmou nesta quinta-feira, 15, que a compra dos navios-sonda de perfuração marítima, que teriam sido alvo de propina de US$ 30 milhões para a força-tarefa da Operação Lava Jato, foi feita “fora de procedimento licitatório” e aprovada pela Diretoria Executiva da estatal, “composta por seis diretores e o presidente, a quem cabe examinar a compra de equipamentos e construção de refinarias e gasodutos”.
O depoimento, com duração de cerca de três horas, foi prestado à Polícia Federal, em Curitiba. Cerveró, preso desde terça-feira, é acusado de tentar ocultar patrimônio após ser denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro em esquema investigado pela Lava Jato.
Na época da compra dos navios-sonda, o presidente da Petrobrás era José Sergio Gabrielli, apadrinhado político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Gostaria de esclarecer de forma espontânea que a aquisição das sondas em questão se deu fora de procedimento licitatório, por ser incabível diante das circunstâncias que cercavam o negócio, que visava atender uma necessidade específica e imediata da Petrobrás”, disse Cerveró, acrescentando que o negócio recebeu parecer jurídico favorável da estatal.