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sexta-feira, 22 de novembro, 2024
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MPE fala sobre Operação contra servidores do Estado e empresários que pode envolver R$ 68 milhões

O MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), se posicionou, após manhã de quarta-feira (29), com Operação do MPE na Capital está em ação contra empresários e servidores estaduais de MS , onde extraoficialmente, fatos e nomes de servidores públicos foram apontados envolvidos em esquema de corrupção em questões da então Pandemia da Covid.

Veja abaixo matérias do Enfoque MS, que está acompanhando a ação, que agora foi revelada como Operação Turn Off. De acordo com o MPE-MSl, a investigação envolve contratos que somam R$ 68 milhões pagos pelo poder público. Os desvios teriam ocorrido na gestão anterior, de Reinaldo Azambuja (PSDB). Contudo, o ex-governador não é alvo da operação.

A Operação Turn Off é do MPE-MS, que foi as ruas com o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), cumprindo inicialmente, oito mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho.

A operação desta manhã já deteve o atual adjunto da Secretaria de Educação do Governo do Estado, Edio Castro, levado ao Gaeco. Ele já era adjunto da Educação na gestão passada. Também são alvos o atual adjunto da Casa Civil do Governo do Estado, Flávio Brito, que era secretário de Saúde na gestão passada, e o ex-subsecretário de Comunicação, Thiago Mishima.

Presos (acréscimo de informação às 15 horas)

Além de Edio Castro, primeiro detido, outros sete foram detidos até o inicio desta tarde e já passarão a noite na prisão, como, o ex-superintendente de Comunicação, Thiago Haruo Mishima; a ex-integrante da comissão de licitação, Simone de Oliveira Ramires Castro; a coordenadora de contratos da Secretaria de Educação, Andrea Cristina Souza Lima.

E também presos, o coordenador da CER/APAE, Paulo Henrique Muleta Andrade, e os empresários, Victor Leite de Andrade e o diretor da Maiorca Soluções em Saúde, Sérgio Duarte Coutinho Junior e seu irmão Lucas Coutinho.

O atual adjunto da Casa Civil do Governo do Estado, Flávio Brito, não foi detido, mas comunicado que terá que prestar esclarecimentos/depoimento amanhã no Gaeco.

Provas

A investigação, conduzida pelo GECOC, constatou a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações/contratos públicos e lavagem de dinheiro.

“Em resumo, a organização criminosa atua fraudando licitações públicas que possuem como objeto a aquisição de bens e serviços em geral, destacando-se a aquisição de aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS), a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES/MS), a aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, dentre outros, havendo, nesse contexto, o pagamento de vantagens financeiras indevidas (propina) a vários agentes públicos”, divulgou o MPE.

Segundo Ministério Público, os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam 68 milhões de reais. Durante os trabalhos, o GECOC valeu-se de provas obtidas na Operação Parasita, deflagrada no dia 7/12/2022, que reforçaram a maneira de agir da organização criminosa.

O nome “Turn Off”, traduz-se da língua inglesa como ‘desligar’. Ele foi originado do primeiro grande esquema descoberto na investigação, relativo à aquisição de aparelhos de ar-condicionado, e decorre da ideia de ‘desligar’ (fazer cessar) as atividades ilícitas da organização criminosa investigada.

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