27/01/2015 15h30
Leitor encontra esculturas naturais e belas paisagens na Patagônia chilena
G1
Mais de 1.200 quilômetros de estrada estão cravados na Cordilheira dos Andes, no Chile. Em alguns trechos da estreita via somente um carro passa por vez. A Carretera Austral, que liga a Patagônia chilena ao resto do continente sul-americano, é um ótimo destino para quem busca um pouco de aventura. Para quem prefere momentos de paz e tranquilidade, o Lago General Carrera e suas “capillas de mármol” (capelas de mármore em português), imensas formações rochosas esculpidas pelas águas, pode ser uma boa opção. É o que afirma o internauta Rafael Martini Bueno Ávila, que visitou o sul do Chile com a mulher, Isabela Miranda, em abril do ano passado.
De clima imprevisível e pavimento de cascalho, a Carretera Austral foi aberta durante a ditadura militar chilena para ligar a região de Aysén ao resto do país. Entre o Oceano Pacífico, a região de Los Lagos e a Antártica chilena, o local até hoje permanece isolado do restante do país e pouco habitado. Há algumas décadas, o acesso só acontecia por avião, barco ou balsa. Hoje, o lugar é um dos destinos mais procurados por mochileiros e turistas aventureiros. “É um caminho a ser percorrido preferencialmente em carros 4×4, pois a estrada é precária, e a qualquer momento pode chover”, alerta Ávila. “As pequenas vilas que margeiam a rodovia ficam muito distantes umas das outras. Por isso, é fundamental estar abastecido de combustível, água e comida”, recomenda.
“Capillas de mármol”
Entre os vilarejos visitados pelo casal, o que mais lhes chamou a atenção foi Puerto Rio Tranquilo, uma pequena cidade turística localizada às margens do Lago General Carrera, na divisa entre o Chile e a Argentina (onde recebe o nome de Lago Buenos Aires).
Com 590 metros de profundidade, é o mais profundo da América do Sul, e sua origem glaciar lhe confere uma coloração azul que chamou a atenção do leitor. “A cor é impressionante. Foi o ponto alto de todo o circuito”, afirma. No lago, ainda é possível visitar as “capillas de mármol”, formações rochosas moldadas pelas águas. “Em alguns pontos, o barco entra pelos corredores das rochas. É incrível!”, recorda Ávila. O passeio de barco custa US$ 11 por pessoa, mas para quem busca exclusividade, é possível fechar um barco por US$ 50.
O casal ainda visitou o Parque Nacional Torres Del Paine e suas geleiras, lagos e imensas montanhas. Lá, eles também fizeram uma trilha a pé, 9 quilômetros morro acima, para avistar os montes em forma de torre que dão nome ao parque. “Cada paisagem é uma pintura”, conta o internauta.