Um grupo de ambientalista que vem denunciando o desmatamento do Parque dos Poderes, aproveitou também o Carnaval e colocou na rua, pela primeira vez, um bloco de folia-manifesto: “Nem uma árvores a menos”. A ação foi em parceria com o bloco Capivara Blasé, que organizou dois dos cinco dias, que aconteceram na Esplanada Ferroviária, cenro histórico de Campo Grande.
No domingo e na segunda-feira de Carnaval, o “Nem uma árvores a menos”, levou o intuito de se divertirem, mas também aproveitar – a imensa concentração de cidadãos, 15 mil foliões de um público diverso – para mostrar o tema da preservação e tombamento do Complexo dos Poderes, formado pelos Parques do Poderes, do Prosa e das Nações Indígenas.
O professor aposentado, e um dos idealizadores do bloco, Alfredo Sulzer, assegura o acolhimento do grupo e do tema no carnaval. “São pessoas alegres e felizes com a vida que valorizam a sustentabilidade, e essa festa é nossa oportunidade de trazermos mais aliados ao movimento”, comentou.
A vereadora Luiza Ribeiro (PT), autora do projeto que prevê o tombamento do complexo dos Parque da cidade, ficou muito feliz com a ideia do bloco porque sempre apoiou o carnaval de rua, a maior festa popular do mundo. “Esse espaço absolutamente democrático de festa e alegria é uma oportunidade de difundir o tema de forma leve, e trazer para essa causa tão linda e importante mais pessoas, assim cair na folia com alegria e política é para mim maravilhoso”, comentou.
Representativo
Ativista e participante do movimento Iara Penteado afirma que o grupo de defesa do parque é representativo e com isso constroem várias ações que circulam em torno de uma causa maior…O Tombamento dos parques.
“Seria e foi um ato político pegando o gancho do Carnaval e, porque não, a gente se divertir também. Além do bloco há outras ações planejadas e não podemos parar. Em eterna vigilância, porque é briga de cachorro grande. Por isso temos que buscar o ativismo até chegar à sociedade como um todo, pois o PARQUE é de todos”, finalizou.
Simone Mamede, Doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, diretora do Instituto Mamede também vê o espaço de festa, militância e educação ambiental. “Por que não podemos perder a oportunidade deste momento para envolver experiências educativas e de transformação para uma sociedade mais justa, consciente e sustentável. Que todas as gerações estejam nas ruas em blocos em defesa da natureza, dos parques e da vida”, comentou.
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