04/02/2015 13h00
Gaeco apura desvios na Cultura e cumpre cinco mandados de prisão
Campo Grande News
Cinco mandatos de prisão estão sendo cumpridos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), nesta quarta-feira (4), em operação que investiga fraude em convênios financiados pelo FIC/MS (Fundo de Investimentos Culturais do Estado de Mato Grosso do Sul) entre 2013 e 2014. A ação ocorre em Campo Grande e cinco municípios do interior. Valores dos desvios não foram divulgados.
De acordo com o Ministério Público, a operação denominada “Fantoche” ocorre após seis meses de investigação conjunta com a 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, se estendendo a apurações em Corguinho, Ponta Porã, Bodoquena, Angélica e Aquidauana.
Hoje são cumpridos cinco mandados de prisão temporária e catorze de busca e apreensão, bem como afastamento de servidores da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), local onde integrantes do Gaeco recolhem documentos, desde às 7h30, acompanhados por representante da Procuradoria do Estado.
Quatro promotores de Justiça e 28 militares realizam as buscas em residências e empresas, sendo o nome da operação alusivo à fraude e manipulação de projetos na área de cultura.
O envolvimento do ex-coordenador do FIC/MS, Reginaldo Peralta, é investigado e ele acompanha as apreensões na sede do fundo, localizada no sexto andar do Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho, na Capital. Seu antecessor, Edilson Aspete, também está sob investigação.
Athayde Nery, titular da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação, acompanha os trabalhos do Gaeco. Ele ressaltou que a situação é lamentável, uma vez que o recurso era liberado, mas os projetos não saiam do papel.
Reginaldo, único servidor público a ser coordenador do fundo, será afastado e sindicância deve determinar se pode ou não ser exonerado. Os demais coordenadores eram comissionados.
“Com essa operação vamos modificar o processo de aprovação dos projetos para ser de maneira mais transparente e impossibilitar esse tipo de ação”, resumiu Athayde.