O vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), preso nesta quarta-feira (3), na 3ª fase da Operação Tromper, que investiga corrupção na prefeitura de Sidrolândia, poderá ser substituído na Câmara da Capital. Isto não significa que perderá o mandato dele, que de suplente passou a titular em maio de 2023. Ele será substituído pelo suplente Lívio Leite, se passarem 10 sessões sem sua presença na Casa de Leis, devido a prisão, que se deu ontem porque ele seria responsável por chefiar quadrilha na gestão do município a 70 km da Capital.
O vereador não pode faltar dez sessões consecutivas. Se isso acontecer, a Câmara terá que convocar o suplente, o então ex-vereador Lívio, que teve dois mandatos em Campo Grande. Contudo, ainda não corre prazos pois, segundo o presidente da Câmara, vereador Carlão (PSB), a Casa ainda não foi notificada do processo que envolve o parlamentar Campo-grandense, que por um período se deslocou para Sidrolândia. para ser secretario municipal de Fazenda.
O atual suplente na sequencia, pois três já passaram fila da lista, é o conhecido ‘doutor’ Lívio Leite, médico oftalmologista e ex-vereador por dois mandatos em Campo Grande, Lívio Viana de Oliveira Leite, também está na direção do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. Lívio, que é filiado ao PSDB, também foi secretário adjunto de Saúde do Estado.
Lívio que é nascido em Fortaleza, no Ceará, assumiu o primeiro mandato como suplente, em 2015 e depois se elegeu novamente vereador em 2016. Mas, na última eleição, 2020, ele não conseguiu se reeleger.
Serra seria responsável por chefiar suposta quadrilha
Denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual, que levou ontem para prisão, oito pessoas, na terceira fase da Operação Tromper, apontaram que o vereador de Campo Grande, Claudinho Serra, era o responsável por chefiar suposta quadrilha instalada em Sidrolândia.
“Das provas angariadas, ficou constatado que Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho é o mentor e responsável pela articulação dos esquemas relacionados à fraudes em processos licitatórios, desvios de recursos públicos pagamentos/recebimentos de propina que envolvem os já denunciados Ueverton da Silva Macedo e Ricardo José Rocamora Alves”, diz parte da acusação.
Segundo o MPE, foram reveladas várias provas concretas da existência outros esquemas chefiados por Cláudio Serra que estão em pleno funcionamento, denotando-se a firme e ininterrupta atuação criminosa que há anos atua no Municipio de Sidrolândia, fraudando licitações e contratos públicos, corrompendo servidores públicos e causando enorme prejuízo ao erário público.
Na ocasião, o juiz acatou pedido de prisão de oito suspeitos de envolvimento: Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho; 2) Carmo Name Júnior; 3) Ueverton da Silva Macedo; 4) Ricardo José Rocamora Alves; 5) Milton Matheus Paiva Matos; 6) Ana Cláudia Alves Flores; 7) Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa; 8) Thiago Rodrigues Alves.
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