Pagar dívida ou investir? A melhor decisão varia de pessoa para pessoa, dependendo da situação financeira de cada uma; entenda
A Receita Federal vai liberar o pagamento do primeiro lote da restituição do Imposto de Renda 2024 nesta sexta-feira (31). A data também é o último dia do prazo para a entrega da declaração.
No primeiro lote, serão contemplados 68.306 de contribuintes sul-mato-grossenses, num total de R$ 130.984.811,93. No país foram contemplados 5,5 milhões de contribuintes, num total de R$ 9,5 bilhões, o maior valor já pago em uma restituição da história.
A consulta pode ser feita pelo site da Receita.
Quem não está entre os contemplados deste primeiro lote ainda terá a oportunidade de receber a restituição em outras rodadas de pagamento a serem desembolsadas.
Cronograma das restituições
- 28 de junho
- 31 de julho
- 30 de agosto
- 30 de setembro
Pagar dívidas ou investir?
Você está entre esses contribuintes, mas ainda não sabe o que fazer com o dinheiro? Será que é melhor gastar, guardar, investir ou pagar dívidas?
A educadora financeira Aline Soaper ressalta que o nível de endividamento e inadimplência dos brasileiros é alto, por isso quem tiver dívidas deve usar esse dinheiro para pagá-las. Já o especialista em investimentos Renan Diego acredita que é possível começar a investir com o valor da restituição, mesmo sendo pouco, porque a reserva de valores pode garantir liberdade financeira.
“O dinheiro da restituição pode ser usado para quitar dívidas específicas, adiantar alguma parcela ou para abater valores de alguma despesa que está consumindo a renda mensal. Com os juros elevados, quem tem dívidas, e não dá prioridade para pagá-las, acaba entrando em uma bola de neve. Se o contribuinte estiver sem dívidas, dá também para usar esses valores recebidos com uma reserva de emergência, que é um dinheiro que você vai guardar para bancar as despesas mensais fixas por um certo período de tempo”, explica Aline.
Segundo ela, caso o valor seja usado para pagar dívidas, as prioridades devem ser: conta de luz e água atrasadas, parcelas vencidas do condomínio, mensalidades atrasadas da escola dos filhos e todas aquelas contas básicas.
Em seguida vêm as contas de consumo, que estão acumuladas no cartão de crédito, que tem os juros muito altos, e o cheque especial. Por último, se sobrar algum valor, aí sim, em terceiro lugar, vem o planejamento para fazer uma reserva de emergência ou investir.
Quem está livre das dívidas deve investir
“Comece pelo Tesouro Selic ou pelo CDB com liquidez diária, que são aqueles que você pode resgatar a qualquer momento. Isso porque, alguns bancos têm opções de rentabilidade de até 200% do CDB, se você investir por meio de uma corretora de investimentos. Esse tipo de investimento possui além da liquidez diária diferentes tipos de liquidez, de acordo com o seu objetivo, sem contar que é muito mais rentável que a poupança”, afirma Renan Diego .
Para quem já tem uma reserva financeira, ele recomenda a Bolsa de Valores, começando por dois ativos diferentes para deixar a carteira de investimentos mais atrativa. “Fundos Imobiliários que geram uma renda mensal e ações de empresas que pagam bons dividendos, os lucros que as empresas distribuem, gerando uma renda que, dependendo da empresa, pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual, e também é possível vendê-las. Ou seja, a regra é colocar o dinheiro para trabalhar e você verá a sua renda multiplicar”, conclui o especialista.
*com informações R7