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domingo, 24 de novembro, 2024
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Ex-miss MS seria de quadrilha que usava moradores de rua para fazer estelionato

O glamour das passarela da beleza se foi e o mundo para uma ex-miss de Mato Grosso do Sul, se tornou outro, talvez obscuro para a maioria, mas para ela também com sucesso, até momento, no lado do crime. A modelo, que não ainda não vamos divulgar o nome em si, é apontada como membro de uma associação criminosa/quadrilha, que usava dados de pessoas em situação de rua e usuários de drogas para a compra de celulares e revenda em Campo Grande.

A PC-MS (Polícia Civil de MS) tem o fato, que vem sendo investigado a nove meses. As apurações começaram em setembro de 2023, com a denúncia de uma das vítimas à Polícia. Mas, três membros da apontada quadrilha – os cabeças – saíram do MS, no intuito de dificultar as investigações.

A ex-miss apontada como parte do esquema foi para Santa Catarina, junto de seu marido, que também faria parte do esquema. Já outro integrante da quadrilha está em Minas Gerais e ainda não foi localizado. A imprensa local tenta entrar em contato com a ex-miss pelas redes sociais para saber sobre o caso, mas até a publicação da matéria não obtivemos resposta.

Contudo, equipes da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) conseguiram localizá-la e por carta precatória, ela deve ser informada que será indiciada por estelionato. A imprensa local tenta entrar em contato com a ex-miss pelas redes sociais para saber sobre o caso, mas até a publicação da matéria não obtivemos resposta.

O espaço segue aberto para futuras manifestações.

Denúncia aponta envolvimento de morador de rua e funcionários

A denúncia teria sido feita em setembro do ano passado, e se deu depois que um homem recebeu a indicação para comprar um iPhone com a ex-miss que comercializava os aparelhos. Várias vítimas compraram aparelhos com ela, sendo que, em uma das ocasiões, uma pessoa foi ameaçada com um revólver. Os celulares eram enviados até pelos Correios pela quadrilha para outras cidades do Estado.

Os celulares eram comercializados de R$ 3.900 a R$ 6 mil, e sem nota fiscal, apenas uma garantia de 12 meses era repassada ao comprador. Quando policiais da Decon-MS tomaram conhecimento dos fatos, uma operação foi deflagrada e denominada ‘Operação Online’.

Dois funcionários da ex-miss, que participavam do esquema emitindo as notas na revenda dos aparelhos, ainda devem ser ouvidos e através de advogados negociam uma apresentação na delegacia para esclarecimentos.

Moradores de rua e celulares – Segundo a PC-MS, o modus operandi da quadrilha era sair às ruas de Campo Grande para encontrar moradores em situação de rua e usuários de drogas. As pessoas eram cooptadas. Sem restrições no nome, as pessoas eram levadas até uma loja de departamento da cidade, onde eram abertos crediários. 

Comprava e não pagava

Com isto, os membros da quadrilha compravam celulares iPhone parcelados e revendiam os aparelhos. A entrada do aparelho era paga, mas as outras parcelas não eram pagas, e assim, os estelionatários conseguiam seus lucros com as revendas dos celulares. 

A quadrilha estava agindo há pelo menos 1 ano e meio. Três funcionários da loja de departamentos, entres eles o gerente, estavam envolvidos na trama, sendo que foram demitidos. A demissão se deu depois do alto número de inadimplência nas vendas dos funcionários, segundo informações.

No dia 10 deste mês, um dos funcionários demitidos acabou preso por equipes da Decon. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto por violência doméstica.

Um dos funcionários da loja de departamentos teria vendido 18 aparelhos, segundo as investigações. Os outros funcionários cooptados pela quadrilha alegaram não saber do crime e não foram detidos. Mas, prestaram depoimento na delegacia. 

Durante as investigações e operações, descobriu-se que a loja que fazia a revenda dos celulares não tinha alvará e que o local era disputado entre grupos que dominam o contrabando na região central da cidade.

Da loja clandestina foram apreendidos R$ 50 mil em celulares importados, 766 capinhas de celulares no valor de R$ 19 mil, além de cabos de celulares, 26 fones e caixas de som.

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