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sexta-feira, 22 de novembro, 2024
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Aprovação de Lula atinge 54%, o maior índice do ano, aponta Genial/Quaest

Cresceram a avaliação positiva do governo e aprovação ao trabalho do presidente, que conta com apoio popular na sua pregação contra o Banco Central

A terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2024 mostra recuperação na aprovação do trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atingiu seu melhor índice no ano: 54%, contra 43% de desaprovação. Na pesquisa anterior, feita em maio, 50% aprovavam e 47% desaprovavam o presidente. 

A melhoria foi puxada pelos que ganham até dois salários mínimos, parcela na qual a aprovação subiu de 62% para 69% e a desaprovação recuou de 35% para 26%, e pelos que têm entre 35 e 59 anos. Nessa faixa etária, 56% aprovam o trabalho do presidente (eram 50% em maio) e 41% desaprovam (48% em maio).

Entre as mulheres, o índice de aprovação oscilou positivamente de 54% para 57% e a desaprovação recuou de 44% para 39%.

Na região Sudeste, a desaprovação recuou de 55% para 48%.

A avaliação geral do governo oscilou dentro da margem de erro e é hoje positiva para 36% (contra 33%) e negativa para 30% (contra 33%), enquanto 30% avaliam o governo como regular (eram 31% em maio).

A pesquisa incluiu um bloco de perguntas sobre entrevistas recentes de Lula a rádios, e constatou que 41% tomaram conhecimento e 59% não ouviram falar. A ampla maioria dos entrevistados concorda com as opiniões do presidente. Para 90% o salário deve ser aumentado todo ano acima da inflação, 87% consideram muito altos os juros no Brasil, 84% consideram que as carnes consumidas pelos mais pobres deveriam ser isentas de impostos. Para 67% o governo não deve satisfação ao mercado, mas aos mais pobres, contra 29% que pensam o contrário.

Outro ponto de convergência entre as opiniões do presidente e o pensamento da população é a crítica à política de juros do Banco Central, que tem a concordância de 66% dos entrevistados e a discordância de 23%, enquanto 11% não sabem ou não responderam. A maioria (53%) dos entrevistados não acredita que as falas do presidente tenham sido a principal razão da alta do dólar, contra 34% que responsabilizam Lula pela escalada da moeda americana e 13% que não sabem ou não responderam.

O desempenho positivo destoa da avaliação da população sobre a economia, que se mantém negativa, com pequenas oscilações. Nos últimos 12 meses a situação econômica piorou na opinião de 36% dos entrevistados, melhorou para 28% e ficou igual para 32%. No mesmo período, o poder de compra dos brasileiros diminuiu para 63%, aumentou para 21% e ficou igual para 14%. No último mês 61% apontam alta nas contas de água e luz, nos preços dos combustíveis (44%) e dos alimentos (70%). Para os próximos 12 meses, a expectativa de 52% é de que a economia melhore, contra 27% que esperam piora e 18% que não acreditam em mudança no panorama econômico.

Por fim, a pesquisa constatou que é alto o índice de conhecimento e aprovação de programas e iniciativas do governo. Os programas sociais avaliados foram Farmácia Popular (86% conhecem e aprovam), Bolsa Família (80%), Desenrola (73%) e Pé de Meia (60%). O novo PAC é conhecido e aprovado por 44%, porém desconhecido por 51%, com desempenho semelhante ao do programa Acredita, desconhecido por 56% da população.

Em relação às maiores preocupações da população, houve pouca mudança em relação à pesquisa de maio. Saúde segue no topo do ranking, com 15%, seguido por economia/crise/inflação (12%), violência/criminalidade (12%), desemprego (9%), fome (10%) e corrupção (10%).

A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de julho. Foram 2.000 entrevistas presenciais com eleitores de 16 anos ou mais. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%. As margens de erro dos grupos sociodemográficos estão informados na página 4 do relatório. 

Confira a pesquisa na íntegra abaixo:

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