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sexta-feira, 22 de novembro, 2024
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Veículos são escoltados por viaturas para evitar acidentes em trecho tomado por fumaça na BR-262

Com incêndios próximos à rodovia federal BR-262, no trecho que dá acesso à Corumbá, uma operação para garantir a segurança viária está sendo colocada em prática nessa quarta-feira (07) envolvendo equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Prevfogo. Os veículos são escoltados por viaturas para evitar acidentes que possam ser ocasionados pela falta de visibilidade devido à fumaça.

O trecho em questão está situado no km-568, próximo à sede da Polícia Militar Ambiental (PMA), até o km 572, que fica no povoado de Salobra, já na região de Miranda. O tráfego está operando no sistema siga e pare, controlado e guiado pelas equipes que estão no local. A área está sob uma enorme cortina de fumaça, prejudicando a visibilidade dos condutores. Além disso, animais silvestres podem aparece na pista de forma repentina.

Equipes do Corpo de Bombeiros Militar e brigadistas do Prevfogo trabalham desde a terça-feira (06) no combate ao fogo, mas a vegetação está muito seca e com as altas temperaturas, umidade do ar baixa e ventos, as chamas se espalham rapidamente. Ao todo, hoje são seis focos de incêndio ativos, sendo duas sob monitoramento, uma próxima ao Porto da Manga e outra na Área de Adestramento do Rabicho.

Outro grande incêndio atinge a Nhecolândia, nas proximidades da Fazenda Tupaceretã.No local, há uma equipe composta por militares de Mato Grosso do Sul, Paraná e da Força Nacional de Segurança. A situação é crítica no Parque Estadual do Rio Negro e nas áreas ribeirinhas, que estão ameaçados pela propagação do fogo.

O fogo que atingia uma área proximidades da divisa entre Bolívia e Mato Grosso do Sul e que ameaçava a Serra do Amolar foi extinto, mas as equipes continuam monitorando a situação e resfriando os locais para garantir que o fogo não reacenda.

Na área de Albuquerque, logo abaixo do Porto da Manga, os trabalhos de combate ao incêndio permanecem intensos. A prioridade tem sido a proteção das áreas habitadas, para garantir a segurança das pessoas. Apesar dos esforços persistentes da equipe, a frente de fogo é vasta, avançando até as margens da BR 262.

O fogo consome o pantanal sul-mato-grossense há mais de três meses. Quase 1,3 milhão de hectares foram destruídos desde o início do ano, o que deixa um rastro de devastação ambiental e morte de animais. Para se ter uma dimensão, a área completamente destruída representa mais de 9% de todo o território pantaneiro. Esse é o pior ciclo de queimadas de toda a história do bioma.

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