Um atentado matou o deputado federal paraguaio Eulalio Gómes Batista, o “Lalo Gómes”, na madrugada dessa segunda-feira (19), em Pedro Juan Caballero (PY), na fronteira seca com Ponta Porã.
A imprensa local aponta que houve um confronto com um grupo de policiais, durante uma diligência para apurar o tráfico de drogas na região. O político seria financiado por facções organizadas, além de ter envolvimento direto nos esquemas.
Os policiais foram até a residência dele para cumprir mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Pavo Real II, contra supostos integrantes da organização controlada pelo brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, preso no Presídio Federal de Brasília (DF).
A investida contra o político aconteceu por volta de 3h de hoje e envolveu equipes da Unidade Especial de Inteligência Antinarcóticos e da Força de Operações Policiais. Porém, ao ver a movimentação, houve confronto com os seguranças do deputado.
O próprio político também atirou várias vezes contra os policiais, mas no tiroteio acabou baleado. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu logo em seguida. O filho dele conseguiu fugir, mas horas depois se entregou na sede da Polícia Nacional.
Ainda conforme a imprensa local, Lalo Gomes já tinha sido investigado, mas nunca foi condenado. Ele negava as denúncias. A operação cumpriu mandados na casa de um idoso de 84 anos, de um homem de 51 anos, e um cidadão brasileiro de 67 anos.
O presidente da Câmara dos Deputados, Raúl Latorre, afirmou espera uma investigação “clara, transparente e profunda” sobre a morte do legislador morto. Além disso, declarou três dias de luto institucional pela morte do deputado.
“O que aconteceu em Pedro Juan Caballero é um acontecimento gravíssimo, que exige uma investigação profunda, clara e transparente dos fatos. A Câmara dos Deputados se declara de luto”, postou no X.
