19/02/2015 10h30
Obama diz que os EUA não estão em guerra contra o islamismo
Agência Brasil
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em deu discurso nesta quarta-feira (18) na Cúpula Internacional sobre a Violências e o Extremismo, que vai até hoje (19), em Washington, manteve o tom de separar as ações dos grupos extremistas, como o Estado Islâmico (EI), do islamismo em geral. “Não estamos em guerra contra o Islamismo, mas contra aqueles que pervertem o Islamismo”, disse.
Durante a sua participação no evento, que reúne representantes de 60 países – dentre os quais 14 são nações árabes, Obama voltou a combater a ideia de que a fé muçulmana, por si só é extremista. “Os terroristas não falam por um bilhão de muçulmanos”.
Segundo ele, o próprio EI se beneficia do pensamento de que os muçulmanos são radicais. “Eles [EI] tentam retratar-se como líderes religiosos, guerreiros e santos em defesa do Islã”, disse. E acrescentou: “Esta é uma premissa mentirosa e não devemos conceder a esses terroristas, uma legitimidade religiosa”.
Obama pediu ainda a união de países ocidentais e líderes muçulmanos para derrotar o extremismo. Uma das preocupações entre os países ocidentais e árabes, que condenam a ação do EI, é de os jovens estrangeiros recrutados regressem aos países de origem e cometam atentados terroristas.
Em janeiro, por exemplo, o Serviço Europeu de Polícia (Europol) informou que o número de cidadãos europeus nas fileiras jihadistas, em países como a Síria, podia chegar a 5 mil.
O presidente dos Estados Unidos falou hoje para estudantes e convidados de diversas regiões dos Estados Unidos e para alguns líderes de várias nações. Amanhã, ocorrerá a reunião com os representantes dos países e também com o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon.