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quinta-feira, 19 de setembro, 2024
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2º julgamento da Operação Omertà: Investigador diz que Marcelo Rios pensou em fazer ‘delação premiada’ para denunciar organização

Atual investigador da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), Jean Carlos de Araújo atuou na força-tarefa da Operação Omertà, que apurou a morte de Marcel Hernandez Colombo, conhecido como ‘Playboy da Mansão’. Ele foi o segundo a prestar depoimento no julgamento do caso, que está acontecendo nesta segunda-feira (16) no tribunal de júri de Campo Grande.

Ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS, responsável pela denúncia, Jean detalhou que Marcelo Rios confessou, enquanto ainda estava preso na sede do Garras, que Jamilzinho, chamado por ele de “Guri”, era “obcecado por matar” o Playboy da Mansão desde que os dois brigaram em uma casa noturna, em 2016. Marcelo Rios disse ter recebido R$ 50 mil para cometer o crime, segundo a sua confissão ao investigador.

Rios chegou a dizer que iria fazer delação para revelar tudo o que sabia sobre a organização criminosa comandada pela Família Name. Tudo mudou até ele receber visita do advogado Alexandre Franzolozo, advogado da organização. Jean disse que foi ameaçado de morte por Jamil Name (pai), apontado como líder. “Esse é um vagabundo, mentiroso, merece morrer”, teria dito Name, durante audiência.

Durante os questionamentos dos advogados de defesa dos réus, a maioria das perguntas foi relacionada ao comportamento “explosivo” de Playboy. A vítima tinha fama de ser “brigador”, uma pessoa que se envolvia em diversas confusões. A defesa de Rafael Antunes questionou o investigador Jean Araújo sobre duas afirmações feitas pelo investigador em plenário, que não constam no relatório feito por ele na época da prisão de Rios.

Jean não teria detalhado no relatório com cerca de 50 páginas, que a ex-esposa de Rios disse ter pesquisado, a mando do marido o nome de Playboy na internet. Jean também não teria citado que Jamilzinho cobrou insistentemente que Marcel fosse assassinado após entregar R$ 50 mil a Marcelo Rios para ele contratar um executor do crime.

Jean reafirmou que ouviu tais alegações da ex-esposa de Rios informalmente, mesmo elas não estando no relatório. O interrogatório dele terminou às 16h26.

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