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quinta-feira, 19 de setembro, 2024
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Dólar e bolsa fecham em queda após corte do Fed e à espera do Copom

Investidores esperam alta de 0,25 ponto percentual na taxa Selic

O Ibovespa e o dólar encerraram esta quarta-feira (18) em queda após a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) por cortar em 0,5 ponto percentual as taxas de juros dos Estados Unidos.

A taxa fica agora na faixa de 4,75% e 5%, sendo a primeira vez desde 2020 que a autoridade monetária faz uma redução.

Após o anúncio, a divisa norte-americana chegou a recuar mais de 1%. As perdas foram contidas, e o dólar encerrou o dia em queda de 0,48%, cotado a R$ 5,4601. Na véspera, a moeda fechou em R$ 5,51.

Nos últimos seis dias, a divisa acumula queda de 3,45%.

“A reação do mercado é positiva, principalmente para os mercados emergentes, uma vez que o dinheiro vai buscar onde tem maior retorno. O movimento no primeiro momento é mais reativo, especulativo”, explica Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

“Os investidores passam então a digerir melhor a notícia e colocar em modelos para avaliar seu impacto de fato.”

Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, acelerou suas perdas ao final do dia, enquanto os investidores aguardam a decisão da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro. A expectativa é por um aumento na taxa Selic, hoje em 10,5% ao ano.

O principal índice da bolsa brasileira cedeu 0,9%, a 133.747,69 pontos. Na última sessão, o Ibovespa encerrou com avanço de 0,64%, aos 134.881 pontos, em linha com valorizações em Wall Street e nas principais praças da Europa.

Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank, explica que esses movimentos podem ter vindo em decorrência da cautela à espera do Copom.

O resultado da bolsa brasileira também foi influenciado pela queda de 2,4% da Petrobras (PETR4), com mercado repercutindo a negativa da companhia sobre informações vinculadas mais cedo de planejamento de corte no preço dos combustíveis.

Juros nos EUA

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciou um corte de 0,50 ponto percentual nas taxas de juros do país nesta quarta, que fica agora na faixa de 4,75% e 5%. É a primeira vez desde 2020 que a autoridade monetária reduz as taxas.

Decisão marca virada crucial para economia americana e era amplamente esperada pelo mercado. A taxa ainda é a maior desde 2007.

Selic no Brasil

No cenário nacional, o mercado aguarda também nesta quarta a decisão do Copom após o fechamento dos mercados, em que se espera uma alta de 25 pontos-base na Selic.

A perspectiva de alta na taxa de juros do Brasil, somada ao início de um ciclo de afrouxamento no Fed, tem ajudado o real em sessões recentes. A moeda brasileira registrou o quinto dia consecutivo de ganhos frente ao dólar na véspera.

“Essa dinâmica de queda de juros nos Estados Unidos e alta de juros no Brasil pode dar um certo alívio ao nosso real frente ao dólar nesses próximos meses”, disse Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

O aumento no diferencial de juros entre Brasil e EUA, em tese, favorece o real, uma vez que o torna mais atrativo para investimentos.

Fonte: CNN

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