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sexta-feira, 20 de setembro, 2024
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Beth Terras, importante nome do teatro sul-mato-grossense, morre aos 65 anos

Faleceu nessa sexta-feira (20), em Campo Grande, a diretora e atriz Elisabeth Cristina Chiesi Terras, de 65 anos. A profissional é reconhecida pela sua contribuição inestimável à cultura brasileira e também pela dedicação ao teatro em Mato Grosso do Sul.

Ela estava internada em decorrência de uma bactéria e chegou até mesmo a amputar uma das pernas por conta da doença. A família pediu ajuda financeira para bancar os cuidados específicos que a diretora demandava. O quadro ainda apresentava diabetes e anemia.

Formada em Educação Física, Letras e Direito, era a atual diretora da escola de teatro Adote e da Companhia Teatral Ator Domingos Terra. A Fundação de Cultura (FCMS) emitiu uma nota de pesar: “Seu legado artístico e humano ficará marcado para sempre”.

No dia 1° de agosto, em um post nas redes sociais, escreveu que estava “plena, feliz e realizada”. “Os cursos, os festivais de drama e esquetes, os espetáculos, os filmes, o sarau, o intercâmbio artístico e cultural para o Rio de Janeiro, os Workshop, os atores, os ex atores, os alunos, os ex alunos, os pais, os parceiros e principalmente a Daniel Smidtl, o meu muito obrigada por tudo. Somos uma família linda”, postou.

Currículo

Beth Terras, importante nome do teatro sul-mato-grossense, morre aos 65 anos
Foto: Arquivo Pessoal/Redes Sociais

Beth Terras nasceu no dia 3 de maio de 1959, no Rio de Janeiro, e começou a carreira no mundo das artes em 1974, aos 15 anos, na TV Tupi em São Paulo. Entre diversos trabalhos, chegou a fazer a novela “O Espantalho”, de Ivani Ribeiro, em 1979, ao lado de Nathalia Timber, Eva Wilma e Carlos Alberto Ricelly.

Apresentou o programa “Mulheres”, com Angêla Rodrigues Alves. No início dos anos 80, a convite do ator Gianfrancesco Guarnieri, Beth Terras foi para o teatro com a peça “Cama Molhada de Paixão Calada”, de Leilah Assunção, sendo um sucesso de público na época.

Em 1995, a atriz deixou a capital paulista e se radicou em Campo Grande, onde passou a integrar o Grupo Teatral Unicórnio, de Jair Oliveira. Durante os oito anos que permaneceu no grupo, recebeu grandes prêmios, como de atriz revelação com o espetáculo “A Vassoura da Bruxa”.

Beth ainda realizou diversos trabalhos no cinema, entre eles, o longa-metragem “Carmo”, com Marcio Garcia, rodado em Corumbá. O último trabalho realizado foi o longa “Cabeça a Prêmio”, com direção de Marco Ricca, também rodado em MS.

Com a companhia desde 2002, Beth já ganhou diversos prêmios como melhor direção, atriz, roteiro, além de outras categorias. Atualmente o grupo viaja pelo Brasil participando de diversos festivais nacionais.

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