Neste sábado (21), os policiais civis rejeitaram as duas propostas apresentadas pelo Governo do Estado para melhorias na categoria. Em assembleia realizada de forma online e presencial, 730 policiais participaram, e a maioria votou contra a incorporação de R$ 400,00 do vale-alimentação aos vencimentos e o abono de R$ 130,00 para policiais de terceira classe.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol-MS), Alexandre Barbosa, criticou as propostas, afirmando que elas não atendem às demandas da categoria. “Os trabalhadores têm direitos legais de auxílio-transporte ou auxílio-alimentação, mesmo assim, o governo apresenta essas propostas como se fossem um avanço”, disse Barbosa.
Na próxima segunda-feira (23), uma nova assembleia será realizada para definir os próximos passos, que podem incluir uma contraproposta ao Governo, a busca por conciliação judicial ou a decisão por um indicativo de greve geral. “Vamos decidir se apresentaremos uma contraproposta e também votar pelo indicativo de greve em todo o estado”, ressaltou o presidente do Sinpol-MS.
Entre as reivindicações da categoria estão o cumprimento de uma promessa feita pelo governo estadual em 2016 de posicionar o salário dos policiais civis de MS entre os seis mais altos do Brasil, o aumento do auxílio-alimentação de R$ 400,00 para R$ 800,00, a implementação do auxílio-saúde nos mesmos moldes concedidos aos delegados, a remuneração por horas extras e o adicional de fronteira.
A mobilização dos policiais civis destaca a insatisfação com as condições atuais e a pressão para que o governo atenda às demandas acordadas e melhore as condições de trabalho da categoria.
