Mais uma conquista para os portadores do TEA (Transtorno do Espectro Autista) em Campo Grande foi confirmada nesta quarta-feira (25). Trata-se da destinação de vagas exclusivas nos estacionamentos de veículos de estabelecimentos particulares e públicos.
A garantia está assegurada por meio da sanção da Lei Municipal 7.313, de 24 de setembro de 2024, publicada no Diário Oficial do Município (Diogrande) desta quarta-feira (25).
A medida determina que os estacionamentos deverão inserir nas vagas reservadas o símbolo de conscientização do TEA, que é um jogo de quebra-cabeça colorido.
O objetivo da nova lei é garantir o acesso dessas pessoas a vagas especiais e exclusivas. A nova legislatura está em vigor a partir de sua publicação.
TEA
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desafios em três áreas principais: comunicação social, interação social e comportamentos restritivos e repetitivos.
O termo “espectro” é usado porque os sintomas podem variar significativamente em termos de tipo e gravidade, o que significa que duas pessoas com TEA podem ter experiências muito diferentes.
Principais Características:
- Dificuldades na comunicação social: Pode incluir atraso no desenvolvimento da fala, dificuldade em manter conversas ou em entender nuances sociais como sarcasmo, linguagem corporal ou expressões faciais.
- Dificuldades na interação social: Pessoas com TEA podem ter dificuldades em estabelecer e manter relacionamentos, compreender e responder adequadamente às emoções dos outros e podem preferir atividades solitárias.
- Comportamentos repetitivos e interesses restritos: Inclui a repetição de movimentos (como balançar o corpo), adesão a rotinas rígidas, e interesses fixos e intensos por tópicos específicos.
Causas:
A causa exata do TEA ainda é desconhecida, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais contribua para o desenvolvimento do transtorno. Estudos apontam que alterações no cérebro desde o nascimento influenciam o aparecimento do TEA.
Diagnóstico e Tratamento:
O diagnóstico é feito com base em observações clínicas e testes de desenvolvimento, geralmente durante os primeiros anos de vida. Embora o TEA não tenha cura, intervenções precoces, como terapias comportamentais, ocupacionais e de fala, podem ajudar significativamente no desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação.
A compreensão e a inclusão das pessoas com TEA na sociedade são fundamentais para melhorar a qualidade de vida daqueles que convivem com o transtorno.