11/08/2014 07h32
O lixo nas ruas e a propaganda eleitoral
Dourados News
Aberta a temporada de propaganda eleitoral, candidatos, cabos eleitorais e empresas terceirizadas começam a distribuir folhetos, panfletos e os famosos santinhos com número e plano de governo do postulante à vaga, uns, inclusive, com a maneira de se portar na urna no dia 5 de outubro pré-estabelecendo como cada cidadão deve votar.
Serão quase dois meses de intensa movimentação e a cada parada no semáforo ou caminhada, principalmente na região central da cidade onde reside, acabaremos surpreendidos por alguém entregando impressos.
Apesar da legalidade perante a lei na maneira de se manifestar de quem concorre ao pleito eleitoral, todo esse material tem como destino final o lixo.
Serão centenas de toneladas de papel que passarão por diversas mãos até ser jogados fora, e quase nada disso será reaproveitado, já que poucos serão separados e entregues à coleta seletiva, ainda restrita em boa parte dos municípios onde elas existem.
Pior ainda quando esse material é deixado propositalmente em via pública ou infestando as caixas de correios das casas e para-brisas de carros.
Apesar de todo esse gasto com papelaria ser fiscalizado e declarado perante o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) através de balancetes periódicos durante a campanha, o destino deles são de responsabilidade de quem recebe, o que é um erro, já que deve ser imposta essa medida para os candidatos, já que são os nomes deles que estampam cada cartaz ou santinho.
A Justiça eleitoral poderia, para os próximos pleitos, pensar em algo que obrigue às coligações a instalarem lixeiras em pontos estratégicos ou até mesmo fazer com que recolham os impressos, adesivos ou qualquer propaganda, após cada ato político, afinal, em época de consciência ambiental, nada mais justo que aqueles que criam ou executam as leis, deem exemplo ao povo.
Enquanto isso não acontece, cabe a cada um de nós, realizar a boa ação e não deixar que as ruas e avenidas de nosso bairro o cidade, se entupa com todo esse lixo.
