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segunda-feira, 21 de outubro, 2024
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Presidente Lula participará da 16ª Cúpula do Brics por videoconferência

Lula teve de cancelar viagem prevista, para a tarde deste domingo, por recomendação médica. Cúpula se reunirá de 22 a 24 de outubro e Brasil assumirá presidência do bloco em janeiro

Por orientação médica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participará presencialmente da Cúpula dos Brics, que ocorre na Rússia entre os dias 22 e 24 de outubro. O Palácio do Planalto informou neste domingo (20) que Lula está temporariamente impedido de realizar viagens aéreas longas. Com o embarque inicialmente previsto para as 17h, o presidente participará do encontro por videoconferência e seguirá com sua agenda normal de trabalho em Brasília durante a semana.

A cúpula, que será realizada em Kazan, contará com a presença dos cinco novos membros que ingressaram no Brics este ano: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. A delegação brasileira estará presente nas sessões plenárias do dia 23, que reunirão os 10 países membros do bloco. O principal documento a ser discutido no encontro é uma declaração intitulada “Fortalecendo o Multilateralismo para o Desenvolvimento Global Justo e Seguro”, com 106 parágrafos detalhando avanços em várias áreas, conforme explicou Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty.

Além de questões como a crise no Oriente Médio e as operações internas do bloco, os líderes também receberão relatórios sobre o trabalho do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e do Conselho Empresarial do Brics. No segmento com convidados, os debates abordarão cooperação internacional para o desenvolvimento sustentável e inclusivo.

A principal pauta da cúpula é a criação da categoria de países parceiros. De acordo com Saboia, esta nova modalidade de participação deverá ter seus critérios estabelecidos nesta reunião, permitindo, futuramente, que novos países integrem o bloco como parceiros.

O Brasil assumirá a presidência do Brics a partir de 1º de janeiro de 2025. A última presidência brasileira, em 2014, foi marcada pela criação do NDB e do Acordo Contingente de Reservas, dois importantes marcos para o bloco. A expectativa, segundo Saboia, é que a próxima presidência seja igualmente focada em resultados concretos.

O Brics, fundado em 2009, é uma parceria entre algumas das maiores economias emergentes do mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, agora somados a Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. O bloco busca reformar o sistema de governança global e introduzir alternativas a instituições como o FMI e o Banco Mundial, promovendo o crescimento das economias emergentes.

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