A história do menino pobre que colhia soja e plantava café com o pai para garantir o sustento da família foi muito além do que o autor esperava. Mais do que registrar a sua trajetória de vida para os filhos e netos, como idealizou inicialmente, Paulo Antunes, conseguiu impactos bem maiores que os imaginados.
Ao longo da sua trajetória, ele atuou como Superintendente da CAIXA no Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, Diretor e Vice-Presidente de Habitação da CAIXA, Diretor de Relações Institucionais da AEGEA, Diretor Presidente da Ambiental MS Pantanal e atualmente Diretor do Grupo Black Wheels e Garza Inteligência Financeira.
Ao levar de forma intencional o lançamento da obra para o local que atua como voluntário desde 1.980 e reverter toda renda das vendas do livro para o ISMAC e convidar o amigo Carlos Melke, presidente do Hospital São Julião para o evento, surgiu de forma muito sinérgica a compreensão que as duas instituições possuem propósitos complementares e podem realizar melhor suas funções se atuarem juntas em determinadas ações.
Cooperação ISMAC e São Julião
O termo de cooperação nasceu da necessidade de promover uma melhor interação entre as duas instituições no atendimento a pessoas cegas e com baixa visão em Campo Grande. De um lado, o ISMAC, criado em 1957, se tornou referência na educação, reabilitação e assistência social às pessoas com deficiência visual em todo o estado.
Já o Hospital São Julião, fundado em 1941 para atender as pessoas com hanseníase, é hoje referência em diversos tratamentos e cirurgias oftalmológicas, além dos programas de residências médicas nas áreas de clínica geral e oftalmologia, bastante disputadas no país.
Com o slogan “Reabilitando Vidas” o hospital complementa o trabalho do Instituto dos Cegos na abordagem global da pessoa com deficiência visual como indivíduo e membro da sociedade, incentivando-a a desenvolver plenamente suas capacidades e possibilidades em diversas áreas.
Além da interação dos profissionais que atuam na captação de recursos ou convênios, o termo de cooperação prevê o atendimento monitorado aos assistidos pelo ISMAC, no sentido de promover um trabalho conjunto que vise a realização de exames e diagnósticos sobre a situação de cada atendido, permitindo à assistência social contribuir de forma mais assertiva nos encaminhamentos: se para a doação de córneas, para atendimento do
ISMAC ou para outros tratamentos.
O documento dispõe ainda da integração dos profissionais da área de assistência social com foco na prevenção, tratamento e inclusão social e a realização de campanhas conjuntas de doação de córneas e de prevenções relativas a patologias que podem levar à cegueira.