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quarta-feira, 4 de dezembro, 2024
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FGV lança estudo sobre o impacto do saneamento em Campo Grande na saúde neonatal

Referência nacional quando o assunto é saneamento básico, Campo Grande foi fonte de um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o efeito do saneamento na saúde neonatal. A Águas Guariroba cedeu dados do programa Sanear Morena, que avançou com a rede de esgoto na Capital entre 2005 e 2019.

O estudo “Saneamento e Saúde Neonatal: Evidências do Brasil”, realizado pelos autores Pedro Oliveira, Daniel da Mata e Fernanda Batolla, da EESP-FGV, apontou os principais benefícios do saneamento encanado para a saúde da criança recém-nascida. Os principais pontos da pesquisa foram divulgados nesta segunda-feira (2), durante uma live, que contou com a participação do ex-presidente do Instituto Trata Brasil, e atual presidente do Instituto Aegea, Édison Carlos, e da diretora-executiva da Águas Guariroba, Francis Faustino.

“O resultado da primeira infância tem efeitos duradouros no restante da vida da criança, que apresenta melhor saúde na vida adulta. O que demonstramos no estudo é que o que acontece ainda na barriga da mãe, que também terá efeitos permanentes na vida”, comentou Fernanda Batolla.

Durante o período avaliado pelo estudo, Campo Grande teve um avanço de 22% (em 2005) para 83% (em 2019) na cobertura da rede de esgoto. E atualmente a cidade conta com 93% de acesso ao serviço de esgotamento sanitário.

FGV lança estudo sobre o impacto do saneamento em Campo Grande na saúde neonatal
Gustavo Nantes/Divulgação

“Entre os diversos benefícios do saneamento encanado para as crianças recém-nascidas, o estudo aponta principalmente o ganho de peso. Foram constatados que a cada mês que a mãe tem acesso ao saneamento, o bebê ganha 20 gramas. E os efeitos são impulsionados quando essa exposição ocorre nos dois primeiros trimestres da gestação”, detalha a pesquisadora.

Ainda conforme os apontamentos do estudo, o saneamento presente na vida da gestante reduz em 17% a probabilidade de que a criança possa nascer com menos de 2 quilos, reduzindo assim o tempo de permanência em UTIs Neonatal.

Para a diretora-executiva da Águas Guariroba, Francis Faustino, o resultado dos estudos traz grandes reflexões e reforça o compromisso da concessionária com a população da Capital.

“Mostra a importância do nosso trabalho e nos incentiva a sempre continuar. Estou na companhia há 15 anos, então participei desse avanço que estamos colhendo os frutos atualmente. O estudo avaliou até 2019, mas conseguimos enxergar os reflexos de 2020 até hoje sobre a adesão à rede de esgoto. Enxergamos uma conscientização maior das famílias, onde temos atualmente 95% de adesão quando chegamos com a rede”, comenta Francis.

Outro ponto evidenciado pelo estudo é que mães menos vulneráveis, ou seja, com maior escolaridade e renda, são mais beneficiadas pelo saneamento, pois possuem mais conhecimento e condições de aderir à rede de esgoto.

“Nosso propósito é que todas as famílias de Campo Grande tenham acesso a água e esgoto tratados. Temos investido na ampliação da Tarifa Social da Água, que hoje conta com mais de 65 mil pessoas beneficiadas. Nossa missão elevar a qualidade de vida da população, atuando na saúde preventiva”, completou Francis.

O artigo “O efeito do saneamento na saúde neonatal: Evidências do Brasil” será um dos capítulos da tese de doutorado de Pedro Oliveira, foi financiado pela Fapesp e será publicada na integra em breve. Fernanda Batolla, uma das coautoras, participou da live.

RUMO À UNIVERSALIZAÇÃO DO ESGOTO NA CAPITAL

A Águas Guariroba está transformando a vida dos campo-grandenses com o avanço da rede de esgoto na Capital. Nos últimos dois anos, o programa ‘Campo Grande Saneada’ implementou mais de 500 quilômetros de tubulação em diversos bairros. A concessionária já conectou mais de 120 mil pessoas neste mesmo período.

Somente em 2024 já são mais de 204 quilômetros de rede implantados, alcançando 93% de cobertura na Capital, ultrapassando assim o índice preconizado pela Lei Federal do Marco Legal do Saneamento Básico, que prevê que até 2033 os municípios cheguem a 90% de cobertura de esgoto.

A Lei Federal 14.026/2020 prevê que até 2033 os municípios tenham 99% de cobertura de água e 90% de esgoto. A Capital alcançou os dois índices com 9 anos de antecedência.

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