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domingo, 22 de dezembro, 2024
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Camila Jara confronta equipe da PM durante operação em bares no centro de Campo Grande

PM afirmou que equipe realiza ação preventiva na região dos bares, em virtude das denúncias de perturbação do sossego e poluição sonora

No início da madrugada deste domingo (22), a deputada federal Camila Jara (PT) questionou a atuação de policiais militares durante uma operação no Bar Vexame, na Avenida Calógeras, em Campo Grande, inclusive de uma arma apontada para si durante o ocorrido. A PM refutou as alegações da depurada sobre uso irregular de arma e diz que a equipe agiu dentro da legalidade, e de forma responsável.

Camila estava desde noite de ontem (21), na região central da cidade, a convite de proprietários de bares, para discutir problemas enfrentados pelos empreendedores locais. Durante a operação policial, que ocorreu enquanto o Bar Vexame desligava o som e encerrava as atividades, a deputada presenciou o que classificou como “coação”.

“A viatura parou em frente ao estabelecimento, mesmo com o bar já fechando. Isso acontece quase toda semana, com verificações constantes de alvarás que já têm validade de meses”, afirmou a parlamentar.

Confronto com policiais

A deputada federal relatou que questionou o comandante da operação, que, segundo ela, não estava devidamente identificado, quando ainda em bares na 14 de Julho. Após uma discussão, os policiais deixaram o local. No entanto, ao seguir para outro evento, no Bar Vexame, já na Avenida Calógeras, ela encontrou outra viatura chegando ao estabelecimento.

“Ao descer da viatura, o policial já apontava a arma. Comecei a filmá-lo e a questionar por que estava apontando arma para civis. Ele só baixou a arma quando me identifiquei como deputada federal”, contou.

Outras viaturas chegaram ao local, e os policiais afirmaram ter respondido a uma denúncia. “Perguntei o número do chamado e eles disseram que só disponibilizariam ao dono do estabelecimento. Após diálogo, o empresário apresentou o alvará e os policiais deixaram o local, permitindo que o bar retomasse suas atividades.”

Em vídeo que o EnfoqueMS teve acesso, verifica a parlamentar frente a equipe da PM, questionando, porém não foi verificado uso de arma de fogo.

Defesa do direito ao lazer

Camila criticou a frequência das operações, que considera prejudiciais aos comerciantes e ao público. “Essas ações minam a segurança jurídica dos empreendedores e o direito ao lazer da população de Campo Grande. Precisamos buscar equilíbrio entre a fiscalização e o incentivo às atividades culturais e econômicas do Centro.”

O caso reacende o debate sobre o impacto das operações policiais em áreas de lazer e comércio na capital.

Perturbação do sossego e poluição sonora

A assessoria da Polícia Militar divulgou uma nota sobre o ocorrido, explicando que realiza ações preventivas na região central de Campo Grande, incluindo estabelecimentos comerciais, com o objetivo de combater a perturbação do sossego, o trabalho alheio e o crime de poluição sonora, além de garantir a ordem e a tranquilidade dos moradores próximos a bares e restaurantes. A nota também ressaltou que, durante abordagens e procedimentos de rotina, o uso diferenciado e escalonado da força pode ser necessário. No entanto, a Polícia Militar afirmou que os procedimentos adotados pela equipe de serviço foram legais e responsáveis, sem motivos para questionamentos.

Veja a nota na íntegra:

“A PMMS informa que, a respeito dos fatos citados, ocorridos na noite de ontem (21/12), o 1° Batalhão de Polícia Militar, responsável pela segurança na área central de Campo Grande/MS, realiza diuturnamente ações preventivas, por meio do policiamento ostensivo, rondas e fiscalização dos alvarás de estabelecimentos comerciais.

O principal objetivo é coibir a contravenção de perturbação do sossego e trabalho alheio e o crime de poluição sonora, mantendo a ordem e a tranquilidade dos moradores das regiões próximas a bares e restaurantes.

A PMMS recebe diariamente inúmeras denúncias, via 190, de perturbação do sossego e poluição sonora, bem como constatou aumento no número de crimes contra o patrimônio em regiões próximas a esse tipo de estabelecimento.

Os proprietários de bares na região da rua 14 de Julho já foram orientados e participaram de reunião com representantes da segurança pública sobre a necessidade de cumprirem os horários e especificações dos alvarás de funcionamento que possuem, bem como sobre as ações da PM nesse caso. Por isso, em eventuais fiscalizações, sempre é pedido a apresentação dos alvarás para garantir o devido cumprimento das prescrições estabelecidas.

Nas abordagens e procedimentos de rotina, o uso diferenciado e escalonado da força pode ocorrer. Todavia, não há que se questionar os procedimentos da equipe policial de serviço, que agiu dentro da legalidade, e de forma responsável.

A PMMS ressalta e destaca que atua em prol da paz social e da ordem pública, em todo o estado de Mato Grosso do Sul”.

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