Terminal registrou 10 casos de ‘bird strike’ em 5 anos. Ocorrência é comum na aviação e não costuma apresentar gravidade à segurança
Sem fazer uma correlação direta com o acidente do Boeing 737-800 da Jeju Air, que se acidentou com 181 pessoas a bordo no Aeroporto Internacional de Muan, no condado de Muan, o Ministério de Terras, Infraestrutura e Transporte, que supervisiona a segurança da aviação na Coreia do Sul, informou que a torre do aeroporto emitiu um alerta sobre uma colisão de avião com pássaros apenas seis minutos antes do acidente. A informação é agência Yonhap. Ao todo, 179 pessoas morreram e duas foram socorridas com vida no acidente.
O alerta da torre foi feito às 8h57. Dois minutos depois, o piloto da aeronave declarou emergência, às 8:59 da manhã. O piloto então tentou pousar às 9 da manhã, mas o avião caiu três minutos depois, às 9:03 da manhã, enquanto pousava sem o trem de pouso acionado, declarou o órgão.
Uma possível colisão do Boeing com pássaro foi citada pela imprensa coreana, e esta versão também será investigada. Eventos de ‘bird strike’ são muito comuns na aviação mundial e, raramente, causam situações com gravidade para a segurança de voo. A investigação oficial das autoridades coreanas — que não tem prazo para a conclusão — trará os fatores contribuintes para o acidente da Jeju Air. O trem de pouso inoperante durante o contato do jato com a pista, como mostrado nas imagens, intriga especialistas.
De acordo com dados da KAC (Korea Airports Corp.), o Aeroporto Internacional de Muan relatou 10 incidentes de colisão com pássaros de 2019 a agosto deste ano.
Segundo a KAC, os 14 aeroportos internacionais e nacionais que ela opera registraram um aumento nas colisões com pássaros nos últimos anos, de 76 em 2020 para 109 em 2021, e depois para 131 em 2022 e 152 em 2023.
Os aeroportos usam dispositivos acústicos e outras medidas para manter os pássaros afastados das pistas, acrescentou o KAC.
O ministério rejeitou a noção de que a pista relativamente curta do aeroporto de Muan tenha contribuído para o acidente.
A pista tem 2.800 metros de comprimento, mas com as obras em andamento, atualmente ela tem cerca de 2.500 metros de comprimento real, espaço mais que suficiente para os procedimentos de pousos e decolagens.
Para se ter uma ideia, a pista principal do Aeroporto de São Paulo-Congonhas tem 1.940 metros, onde operam jatos como Airbus A320, Embraer 195 e o Boeing 737, modelo que se acidentou na Coreia.
Fonte: R7
