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quarta-feira, 8 de janeiro, 2025
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Hospital São Julião celebra o Janeiro Roxo, mês da conscientização e combate à Hanseníase

O São Julião, aberto à população de todo o estado, é Referência em duas áreas: a Oftalmologia (que completa 25 anos de atividade neste 2025) e a Hanseníase, especialidade à qual se dedica desde que foi criado, há 83 anos atrás. Por isso, o ano sempre começa de forma intensa neste hospital, por causa do Janeiro Roxo, mês da campanha de conscientização e combate à Hanseníase.

A Hanseníase chegou ao Brasil por volta de 1600. Trezentos anos depois, o governo federal buscou no confinamento, uma forma de enfrentar a situação caótica, isolando os infectados em leprosários. Na década de 1960 foi descoberto um tratamento eficaz e, vinte anos depois foi abolida a internação compulsória. Hoje os pacientes encontram tratamento gratuito nas Unidades Básicas de Saúde porém, mesmo com o avanço dos resultados, o Brasil ainda é o segundo no mundo em casos novos da doença. 

  Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2023 foram diagnosticados no País, 19.219 casos novos de Hanseníase. Nesse mesmo ano, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, foram registrados 274 casos novos em Mato Grosso do Sul, número bem inferior aos 493 casos de 2018. Porém, no Brasil, esta é uma doença ainda negligenciada e subnotificada e permanece como um problema de saúde pública.

  Por isso a informação tem importância fundamental na campanha do Janeiro Roxo e o Hospital São Julião, um compromisso histórico com essa tarefa. A população como um todo precisa estar atenta aos sintomas da doença, em geral, formigamentos, manchas na pele que perdem a sensibilidade e buscar o diagnóstico precoce. As pessoas infectadas podem desenvolver limitações físicas quando não diagnosticadas precocemente. 

O diretor técnico do Hospital São Julião, dr. Augusto Brasil Filho, é especialista em Hanseníase e afirma: “Com o apoio da SES/MS, neste mês damos início a diversas ações de enfrentamento que se estenderão ao longo de todo o ano de 2025 visando o diagnóstico e o tratamento precoce, a reabilitação e o combate ao preconceito. Hanseníase tem cura”.

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