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quarta-feira, 15 de janeiro, 2025
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Casos de dengue superam covid-19 em Mato Grosso do Sul, mas doença viral mata mais

Os boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) revelam que a dengue registrou mais casos do que a covid-19 em Mato Grosso do Sul no ano de 2024. Entretanto, a doença causada pelo coronavírus foi responsável por mais mortes no período.

Conforme os dados, 16.012 pessoas contraíram dengue em 2024, resultando em 30 mortes confirmadas, com outras 17 ainda em investigação. Já os casos de covid-19 somaram 11.998, com 135 óbitos.

Apesar do cenário alarmante, 2023 continua sendo o ano mais crítico para a dengue no Estado. Naquele ano, 41.046 casos foram registrados, com 43 mortes, representando uma taxa de mortalidade de 1,56%.

Cenário nacional: dengue mais letal que covid-19

Os números estaduais seguem na contramão das estatísticas nacionais. Em 2024, o Ministério da Saúde registrou 6.041 mortes por dengue no Brasil, um aumento de 400% em relação às 1.179 mortes de 2023. Por outro lado, a covid-19 teve uma queda expressiva no número de óbitos, passando de 14.785 em 2023 para 5.959 em 2024, uma redução de 60%.

Esse aumento na mortalidade pela dengue fez com que a doença superasse a covid-19 como causa de morte no Brasil no último ano, destacando a gravidade da situação em escala nacional.

Previsões para 2025

O Ministério da Saúde prevê que os casos de dengue devem continuar crescendo em Mato Grosso do Sul e em outros cinco estados do País. A ministra Nísia Trindade, durante o lançamento do Centro de Operações de Emergência (COE), destacou que dois fatores serão determinantes para a intensificação da doença: a continuidade do fenômeno climático El Niño, que provoca chuvas intensas e temperaturas elevadas, e a circulação do sorotipo 3 do vírus da dengue, associado a quadros mais graves da doença.

+ Ministério da Saúde monitora provável aumento de casos de dengue para 2025 em MS

Com o cenário projetado para 2025, autoridades de saúde alertam para a necessidade de reforçar medidas de prevenção, como o combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. Além disso, campanhas de conscientização e mobilização da população devem ser intensificadas para reduzir os impactos das doenças virais no Estado.

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