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domingo, 19 de janeiro, 2025
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Cessar-fogo entre Israel e Hamas começa hoje; entenda as etapas do acordo

Primeira fase prevê libertação de reféns que foram sequestrados em outubro de 2023

O acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas entra em vigor a partir deste domingo (19). O tratado, divulgado na quarta-feira (15), só foi aprovado oficialmente pelos israelenses na sexta (17) e tem previsão de durar 42 dias.

Durante esse período, 33 dos 98 reféns sequestrados pelos terroristas devem ser libertados. A expectativa é que eles comecem a ser entregues no início da madrugada de hoje, no horário de Brasília.

Na manhã de quinta-feira (16), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegou a dizer que o Hamas teria alterado termos negociados e que não discutiria o documento com seu gabinete enquanto os terroristas não recuassem.

“O Hamas voltou atrás em partes do acordo alcançado com os mediadores de Israel, numa tentativa de extorquir concessões de última hora”, informou um comunicado divulgado pelo gabinete do premiê.

No mesmo dia, os terroristas negaram o recuo e eles disseram que estavam respeitando os termos acordados, segundo as agências de notícias Associated Press e Reuters.

Apenas na noite de quinta é que o gabinete de Netanyahu anunciou que a pausa nos ataques seguiria em frente. O documento foi votado e aprovado oficialmente pelo governo de Israel no dia seguinte.

O cessar-fogo foi anunciado em Doha, no Catar. O país foi um dos mediadores, ao lado do Egito e dos Estados Unidos.

A decisão resultará em uma trégua após mais de 15 meses de conflito. A guerra deixou 46 mil mortos e forçou o deslocamento de milhões de pessoas na Faixa de Gaza desde seu início, quando os terroristas atacaram Isarel, em 7 de outubro de 2023.

O que diz o acordo

Cessar-fogo entre Israel e Hamas começa hoje; entenda as etapas do acordo
Primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman, anuncia cessar-fogo entre Israel e Hamas (Foto: Reprodução/X/@elizondogabriel)

O acordo será implementado em três etapas, de maneira gradual, e com condições que ainda precisam ser debatidas. A expectativa é que, ao fim de todas elas, o conflito seja definitivamente encerrado.

A primeira fase do tratado já está negociada. Ela prevê a libertação gradual, ao longo de seis semanas, de 33 reféns israelenses, incluindo mulheres, crianças, idosos e civis feridos — em troca de centenas de palestinos, especialmente mulheres e crianças, presos por Israel.

Durante esse período, as forças israelenses se retirariam parcialmente de Gaza, os palestinos seriam autorizados a retornar às suas casas no norte do território e haveria um aumento na ajuda humanitária.

Já a segunda fase deve ocorrer a partir de fevereiro, enquanto a primeira ainda estiver em andamento. A partir dela, o Hamas libertaria os reféns restantes, principalmente soldados, em troca de mais prisioneiros palestinos e da retirada completa de Israel da Faixa de Gaza.

A terceira e última etapa também depende de negociações. Nela, seria discutido um plano de reconstrução de Gaza, que seria executado sob supervisão internacional. Mas ainda não há definição de quem vai governar o território no futuro.

O acordo foi elaborado a partir de uma estrutura definida há meses pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e endossado pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

Por que o conflito começou

Na madrugada de 7 de outubro de 2023, terroristas do Hamas bombardearam Israel em um ataque surpresa. Mil e duzentas pessoas foram mortas, e outras 250, sequestradas — no que foi considerado o maior golpe sofrido pelo país na história.

O grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, disse que aquela era “uma grande operação para a retomada do território” — disputado entre judeus e árabes.

No mesmo dia, Benjamin Netanyahu disse que o país havia entrado em estado de guerra. Em seguida, Israel iniciou uma invasão a Gaza, com ataques por terra e ar.

Ao menos 46 mil pessoas morreram desde então, sendo mais da metade delas mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza — que é controlado pelo grupo terrorista Hamas e não informa quantos dos mortos eram combatentes.

Fonte: R7

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