A bolha de calor que tem provocado temperaturas recordes em Mato Grosso do Sul segue atuando no Estado nesta semana, trazendo calor extremo e sensação de abafamento. Entretanto, a previsão do tempo também alerta para a possibilidade de tempestades intensas, com ventos que podem atingir até 100 km/h em algumas regiões.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas válidos para esta semana. O primeiro, de perigo potencial (amarelo), e o segundo, de perigo (laranja), ambos relacionados a chuvas intensas em diversas regiões, incluindo Campo Grande. De acordo com o órgão, podem ocorrer precipitações entre 30 e 60 mm/h, acompanhadas de ventos fortes entre 60 e 100 km/h. Esses fenômenos climáticos representam riscos como cortes de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.
Cenário propício para temporais
Conforme o Metsul Meteorologia, uma área de baixa pressão associada à intensa massa de ar quente cria condições favoráveis para temporais isolados. Esses eventos podem incluir chuvas intensas em curtos períodos e ventos fortes, especialmente durante as tardes e noites. O aquecimento diurno promove a formação de nuvens de grande desenvolvimento vertical, elevando o potencial de tempestades localizadas de alta severidade.
“Quanto mais quente a atmosfera e menor a pressão atmosférica, maior é o potencial para a formação de nuvens muito carregadas e mais alta é a probabilidade de temporais severos”, destaca o Metsul.
Embora os temporais possam ser intensos em locais específicos, a previsão é de que, na maior parte do Estado, as chuvas ocorram em forma de pancadas, sem grandes acumulados ou intensidade.
Temperaturas extremas persistem
Mesmo com a previsão de chuva, a massa de ar quente segue predominando sobre Mato Grosso do Sul, mantendo as temperaturas elevadas e a sensação de calor intenso. Em Campo Grande, os termômetros podem chegar a 38°C, com mínima de 21°C, e há previsão de pancadas de chuva isoladas acompanhadas de trovoadas ao longo da semana.
No interior do Estado, o calor é ainda mais extremo, especialmente em Porto Murtinho, que tem se destacado como uma das cidades mais quentes do Brasil. Na última sexta-feira (17), a cidade registrou 42,1°C, marcando o novo recorde de calor no país em 2025. O recorde anterior, de 41,8°C, também foi registrado em Porto Murtinho, no dia 10 de janeiro deste ano.
Para esta semana, a previsão é de uma ligeira queda nas temperaturas, mas as máximas continuarão próximas dos 40°C. O cenário meteorológico indica predomínio de sol, intercalado com pancadas de chuva típicas do verão.
Bolha de calor e regulação climática
Segundo o Climatempo, a ausência de nebulosidade e chuva contribui para que o Estado registre longos períodos de sol forte, aquecendo o ar acima do normal e intensificando a bolha de calor. “A chuva e a nebulosidade são importantes reguladores da temperatura diária do ar”, explica o instituto. Sem esses fatores, a atmosfera permanece aquecida, agravando a sensação de calor extremo.
As autoridades recomendam atenção redobrada às condições climáticas, especialmente em regiões sujeitas a temporais, e medidas para se proteger do calor intenso, como hidratação constante e evitação de exposição direta ao sol nos horários mais quentes do dia.
