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segunda-feira, 20 de janeiro, 2025
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SES capacita comunidades indígenas de MS no combate aos mosquitos transmissores

A SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul), em parceria com a Prefeitura de Aquidauana e o Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena), realizou na última semana uma capacitação visando a implementação da estratégia de monitoramento ao Aedes aegypti e Aedes albopictus em comunidades indígenas por meio de armadilhas ovitrampas.

A ação faz parte de uma estratégia integrada de vigilância entomológica para reforçar o combate aos mosquitos transmissores de vírus que causa dengue, zika e chikungunya, especialmente em áreas vulneráveis.

Nos dias 15 e 16 de janeiro, no auditório da ESF (Estratégia Saúde da Família) Duque de Caxias, em Aquidauana, a SES realizou um treinamento técnico voltado a profissionais da saúde local, incluindo os Aisan (Agentes Indígenas de Saneamento) e gestores municipais.

O gerente do Laboratório de Entomologia da Coordenadoria de Controle de Vetores (CECV) da SES, Paulo Silva de Almeida, conduziu as atividades juntamente com Sebastião Marques e Waldemar Celestino, ambos da Coordenadoria de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde de Aquidauana.

SES capacita comunidades indígenas de MS no combate aos mosquitos transmissores

Segundo Paulo Silva de Almeida, a capacitação reforça o compromisso do Estado com a saúde pública.

“Nosso objetivo é fortalecer a vigilância entomológica, utilizando as armadilhas ovitrampas como uma ferramenta estratégica para monitorar e propor ações de controle do Aedes aegypti e Aedes albopictus baseado nos resultados de mapas de calor. Este projeto é uma parceria que une esforços do Governo do Estado, dos municípios e das comunidades indígenas para alcançar resultados concretos no combate às doenças transmitidas pelo vetor”, destacou o gerente.

A armadilha ovitrampa é utilizada para a coleta de ovos de mosquitos das espécies Aedes aegypti e/ou Aedes albopictus. Consiste em um método sensível e econômico para detectar a presença do vetor, sendo de fácil manuseio no campo.

Tem sido utilizada para detectar precocemente a infestação pelo mosquito em municípios não infestados, para o monitoramento da densidade das populações de vetores em municípios infestados e para direcionar as ações e avaliar o impacto das estratégias de controle vetorial.

As armadilhas instaladas para coleta de ovos de mosquito são formadas por um recipiente de plástico preto de capacidade máxima de 1 litro, com uma palheta de madeira (Eucatex) com o lado áspero voltado para o centro da ovitrampa. O recipiente é preenchido com 300 ml de água e um atrativo (1 ml de levedo de cerveja) para estimular a oviposição pelas fêmeas dos mosquitos.

Elas são utilizadas para monitorar a dispersão e infestação do Aedes aegypti e/ou Aedes albopictus, sobretudo identificar áreas vulneráveis para a transmissão de arboviroses.

Implantação

SES capacita comunidades indígenas de MS no combate aos mosquitos transmissores

Ao todo, 12 aldeias em Aquidauana foram contempladas com a instalação das armadilhas: Imbirussu, Lagoinha, Água Branca, Bananal, Esperança, Ipegue, Colônia Nova, Córrego Seco, Cruzeiro, Limão Verde e Buritizinho. Outras cidades do estado já aderiram ou estão em processo de adesão ao projeto, demonstrando o interesse crescente em expandir as ações para mais comunidades indígenas.

Amambai (Aldeia Amambai): 14 ovitrampas já instaladas.

Aquidauana (12 aldeias): 135 ovitrampas, com previsão de instalação – janeiro de 2025.

Miranda (Aldeias Moreira e Passarinho): 16 ovitrampas já instaladas.

Caarapó: Implantação prevista para o 1º semestre de 2025.

Dourados (Aldeias Bororó e Jaguapiru): Aguardando formalização com gestores do Sesai e do município de Dourados.

Coronel Sapucaia: Implantação prevista para o 1º semestre de 2025.

Tacuru: Implantação prevista para o 1º semestre de 2025.

Com aproximadamente 116.346 mil indígenas vivendo em 29 municípios sul-mato-grossenses, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 2022, o projeto representa um avanço significativo na vigilância e controle do Aedes aegypti e Aedes albopictus. A SES reafirma seu compromisso com a saúde das populações indígenas, promovendo segurança e qualidade de vida.

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