A equipe do Senai recebeu, entre terça-feira (28/01) e quinta-feira (30/01), em Três Lagoas e região, representantes do Senai Nacional e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para conhecer os projetos de inovação em sustentabilidade desenvolvidos nas indústrias de Mato Grosso do Sul.
Na ocasião, além de conhecerem as pesquisas realizadas pelo Instituto Senai de Inovação (ISI) em Biomassa, a comitiva teve a oportunidade de visitar as principais indústrias da região, como Cargill e Suzano. As unidades são parceiras do Senai no desenvolvimento de ações para tornar os processos produtivos ainda mais sustentáveis.
O vice-presidente regional da Fiems e presidente da comissão de tecnologia da instituição, Luiz Carlos Sabedotti Fornari, participou da apresentação das pesquisas do ISI. Segundo ele, as indústrias passam por um momento ímpar de transformação e o Senai dá respaldo para essa adaptação.
”Nós estamos apresentando todo esse potencial. Nos surpreendemos com o instituto, por se preparar não só com equipamentos de ponta, mas também com uma equipe técnica. São pesquisadores de grande capacidade, que vêm fortalecendo os objetivos da Federação nesses últimos anos. Esses projetos são apresentados com embasamento para atrair grandes parceiros, como o Ministério da Indústria”, destacou o diretor.
O diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, afirmou que a Fiems tem feito um excelente trabalho sob a gestão do presidente, Sérgio Longen, no sentido de apresentar caminhos inovadores à indústria, despertando, assim, o interesse de parceiros. “Estamos acompanhando a expansão da indústria através do Senai. É um orgulho falar dos resultados que estamos conquistando, além de partilhar as oportunidades. Que venham mais projetos, mais estrutura e mais editais, porque nossa equipe está preparada”.
Para o coordenador nacional de bio-indústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, José Ricardo Ramos Sales, os projetos desenvolvidos em Mato Grosso do Sul apresentam grande possibilidade de diálogo com ações da pasta, especialmente nas áreas de economia, descarbonização, transição e segurança energética.
“A visita ao ISi Biomassa nos traz oportunidades enormes de parcerias com vários projetos que estão sendo produzidos na Secretaria de Economia Verde e Descarbonização de Indústria, em particular esses que envolvem agregação de valor para diversas biomassas. Vimos no ISI, por exemplo, várias plataformas tecnológicas, linhas de ação do instituto, e vimos algumas delas na Suzano, assim como podemos ver na visita anterior, na Cargill, com o biodiesel, e também no workshop de bioeconomia, com diversos projetos muito interessantes, em diversas áreas da indústria”, relatou o coordenador.
Já o gerente de negócio de inovação e tecnologia do Senai Nacional, Flávio Marinho, comentou a respeito do protagonismo de Mato Grosso do Sul na transformação das indústrias.
“A visita nos permitiu perceber com muita clareza, não só o potencial, mas aquilo que o Estado já vem desenvolvendo em termos de capacidade industrial e tecnologia de uma forma muito destacada. Além disso, mostra a competência instalada no Instituto Senai de Inovação em Biomassa, que vem atendendo não só demanda estadual, mas nacional, em um tema que é portador de futuro, em uma demanda internacional, que é a preocupação com a sustentabilidade, com o uso da biomassa e com o fator de extrema relevância para a sociedade e para a indústria”.
Intercâmbio de referência
A visita também possibilitou o intercâmbio de ideias para a equipe responsável pela implantação do Instituto de Inovação em Biodiversidade, que será inaugurado em maio, em Brasília (DF). A engenheira química e pesquisadora da instituição, Francine Duarte Castro, explicou que o novo instituto terá forte atuação na parte de caracterização da biodiversidade brasileira e escalonamento de processos químicos e bioquímicos, com foco na obtenção de bioprodutos e valorização de biomassa.
“Viemos conhecer a estrutura do ISI Biomassa e entender como é sua atuação, especialmente na parte de valorização dos resíduos. Então, acreditamos que tem um potencial grande de sinergia, por isso viemos conhecer e avaliar a possibilidade de trabalharmos juntos”.
