O senador é eleito presidente do Senado, em primeiro turno, com 73 votos. Seu mandato vai até fevereiro de 2027
Com o apoio de 73 senadores, Davi Alcolumbre (União-AP) confirmou seu favoritismo e foi eleito presidente do Senado pela segunda vez. A votação, realizada neste sábado (1º), encerra os quatro anos da gestão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A vitória de Alcolumbre foi expressiva, deixando para trás seus concorrentes Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE), que receberam apenas quatro votos cada. Inicialmente, outros dois candidatos estavam na disputa, mas retiraram seus nomes ao longo do processo: Soraya Tronicke (Podemos-MS) e Marcos do Val (Podemos-ES).
O resultado coloca Alcolumbre entre os presidentes mais votados da história do Senado. O recorde de 76 votos foi registrado em duas ocasiões: por Mauro Benevides (MDB-CE) em 1971 e por José Sarney (MDB-AP) em 2003.
Apoiado por PSD, MDB, PT, PL, PP, PDT, PSB e União Brasil, além do endosso do ex-presidente Rodrigo Pacheco, Alcolumbre conquistou uma ampla base de apoio. Apesar de pedidos internos para desistir, Marcos Pontes manteve sua candidatura até o final.
Eleito em cenário distinto de 2019
Diferente de sua primeira eleição em 2019, quando venceu com 42 votos em um pleito tumultuado, com discussões e recontagem de votos, desta vez Alcolumbre alcançou a vitória com ampla margem.
Seu primeiro mandato como presidente do Senado ocorreu entre 2019 e 2021. Na época, ele não pôde disputar a reeleição devido à proibição de mandatos consecutivos dentro da mesma legislatura.
Ainda neste sábado, serão definidos os demais membros da Mesa Diretora. O segundo cargo mais importante, o de primeiro-vice-presidente, deve ser ocupado pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO). Os mandatos durarão até fevereiro de 2027.
Trajetória política
Natural de Macapá (AP), Alcolumbre tem 47 anos e está em seu segundo mandato como senador. Ele chegou ao Senado em 2015, eleito com 131 mil votos, e foi reeleito em 2022, com 196 mil votos.
Sua carreira política começou no PDT, partido pelo qual se tornou vereador de Macapá em 2000. Posteriormente, foi deputado federal por três mandatos consecutivos. Em 2006, migrou para o Democratas, que mais tarde se tornou o União Brasil. Em 2018, candidatou-se ao governo do Amapá, mas não foi eleito.
Durante seu primeiro mandato como presidente do Senado, Alcolumbre chegou a assumir a presidência da República temporariamente, devido à ausência do presidente e do vice-presidente.
Sem formação superior concluída, ele iniciou o curso de ciências econômicas no Centro de Ensino Superior do Amapá, mas não finalizou os estudos. De origem judaica, Alcolumbre também já atuou como comerciante antes de ingressar na política.