O dono de uma loja e a gerente de outra que foram presos pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Relação de Consumo (Decon) na quarta-feira (05) durante uma operação de combate a pirataria, em Campo Grande, pagaram pela fiança e foram liberadas da cadeia.
Na nova atualização do caso, a investigação confirmou que foram apreendidos, em três lojas vistoriadas, 7.500 pares de tênis, sendo avaliado em R$ 511.000,00. Já em uma outlet, houve apreensão demais 23.270 pares, avaliados em R$ 1.800.000,00. Todos estes produtos foram encaminhados a Receita Federal.
Ainda segundo a Decon, a ação teve por objetivo coibir a venda de produtos falsificados importados da China e Taiwan e surgiu após a reclamação de consumidores sobre a qualidade dos tênis vendidos pelas lojas. Os tênis eram vendidos por preços abaixo do valor de mercado, na faixa média de R$ 60 e 70,00.
Segundo o titular da Decon, delegado Marcelo Salomão, os produtos apresentavam detalhes no acabamento, como palmilha e costura mal feitas, e podem lesionar o consumidor durante o uso, como dores na coluna. “A gente sempre recomenda ao consumidor que procure pelas empresas verdadeiras e guardem a nota fiscal”.
Na entrevista, ele reforçou que essas lojas clandestinas são produtos de organizações criminosas para financiar suas ações ligadas ao tráfico e o contrabando. “As facções montam lojas para ter uma renda e, com isso, custear o transporte de drogas, armas e outros ilícitos. Por isso é importante não consumir esses produtos suspeitos”, finalizou.