Imagens de uma câmara de videomonitoramento mostram o homem de 39 anos, conhecido pelo apelido de ‘Nego Jader’, sendo perseguido por uma gangue ao longo do bairro Danúbio Azul, durante a madrugada deste sábado (08). Ao todo, seis pessoas foram flagradas agredindo a vítima com socos, chutes, pauladas e golpes de faca.
Segundo a investigação, o assassinato aconteceu porque, momentos antes, Nego tinha protagonizado uma briga em um bar naquela região, chegando ao ponto de deixar o adversário ferido com um golpe de faca. Na sequência, este teria saído do estabelecimento e retornado com o grupo de amigos.
Foi então que houve a correria e a perseguição, que culminou na sua morte, na Rua Fenícia. Nas imagens, é possível ver a gangue cercando a vítima, que pede para eles pararem, porém, o grupo acerta repetidas vezes, derrubando no chão e só para quando Nego perde a consciência e morre.
Na atualização do caso, a polícia confirmou que prendeu uma pessoa com marcas de sangue nas proximidades, sendo apontado como participante do linchamento. Ele foi levado para prestar depoimento. A vítima, segundo a família, era usuária de drogas e comparsa do serial killer Luiz Alves Martins Filho, o “Nando”.
Sobreviveu a dois atentados
Conforme às ocorrências, Nego Jader chegou a responder por participação na morte de uma mulher, mas acabou absorvido por falta de provas. Em novembro de 2016, sofreu o primeiro atentado no mesmo bairro Danúbio Azul. Na ocasião, foi ferido por seis tiros na Rua Alvares Penteado por dois homens e socorrido.
Em 2020, o sujeito foi esfaqueado nas costas, ficando com o pulmão perfurado. Ele pediu socorro na casa de uma mulher, na Rua Acrópole, também no Danúbio Azul, e foi socorrido pelo SAMU e levado para uma UPA e transferido para a Santa Casa, onde conseguiu, mais uma vez, se recuperar.
Agora, cinco anos depois, Nego Jader não conseguiu ser salvo de um noto atentado. O crime aconteceu no cruzamento das Ruas Fenícia e Bartolomeu Antônio. Ele foi cercado por cinco jovens, armados com pedaços de pau e facas, provocando múltiplas lesões na cabeça e tórax. Ele morreu ainda no local, antes do socorro chegar.
Na cena do crime, a polícia apreendeu um capacete com manchas de sangue, uma bainha, na cor preta, usada para acondicionar faca e um casaco também com manchas de sangue, além de um aparelho celular. A investigação teve acesso à câmeras de videomonitoramento e vai tentar identificar os autores.